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Will Hutton: Pessimismo e otimismo sobre a pior recessão de todos os tempos
O autor de best-seller afirma que COVID-19 expa´s a 'extrema fragilidade' da economia do Reino Unido e ele acredita, 'Nãovoltaremos aos na­veis de PIB de 2019 atéos primeiros seis meses de 2022, no ma­nimo.'
Por Oxford - 12/08/2020


O diretor do Hertford College, Oxford, o comentarista Will Hutton: COVID-19 expa´s a 'extrema fragilidade' da economia do Reino Unido

Falando hoje, enquanto dados oficiais mostram uma queda trimestre a trimestre de mais de 20% no produto interno bruto, Will Hutton afirma que estão"pessimista e otimista" em relação a  economia do Reino Unido. Mas ele acredita que estamos entrando na recessão mais longa e profunda "desde sempre" e o desemprego pode superar as previsaµes de desemprego do Banco de 3,5 milhões em até30%.

O autor de best-seller afirma que COVID-19 expa´s a 'extrema fragilidade' da economia do Reino Unido e ele acredita, 'Nãovoltaremos aos na­veis de PIB de 2019 atéos primeiros seis meses de 2022, no ma­nimo.'

"COVID-19 expa´s a 'extrema fragilidade' da economia do Reino Unido ... Nãovoltaremos aos na­veis de PIB de 2019 atéos primeiros seis meses de 2022, no ma­nimo"


“a‰ muito pior do que nos Estados Unidos e no resto da Europa”, diz ele. 'Os números mostram que a economia depende excessivamente da hospitalidade e da restauração ... Ha¡ uma enorme indústria de jogos de azar. Mas a economia não tem raa­zes profundas e muitos empregos são efaªmeros, muitos trabalhadores não tem direitos trabalhistas. COVID-19 lançou uma luz sobre isso. '

Além da fragilidade econa´mica, Will Hutton argumenta que a pandemia revelou a falta de liderana§a: 'O sistema pola­tico do Reino Unido o vencedor leva tudo significa que os conservadores do Brexit levaram tudo ... a‰ como viver em um estado de partido aºnico. '

Refletindo sobre a forma como a pandemia foi tratada, o que contribuiu para os problemas econa´micos, ele insiste: 'Houve erros [como não fechar o sistema cedo o suficiente] e a estratanãgia de comunicação [que aterrorizou as pessoas], sem mencionar a incapacidade para desenvolver um sistema robusto de teste, rastreamento e isolamento, terceirizando o trabalho para uma rede descoordenada de empreiteiros privados ... E por que havia 100 pessoas no SAGE (o grupo de aconselhamento cienta­fico do governo)? Vocaª são precisa de 12 pessoas, no ma¡ximo. Vocaª não pode obter conselhos consistentes com 100 pessoas. '

"Houve erros [como não travar cedo o suficiente] e a estratanãgia de comunicação [que aterrorizou as pessoas], sem mencionar a incapacidade de desenvolver um sistema robusto de teste, rastreamento e isolamento, terceirizando o trabalho para uma rede descoordenada de particulares contratantes ... E por que havia 100 pessoas no SAGE (o grupo de aconselhamento cienta­fico do governo)?" 


Mas, embora expresse preocupação com o "pool genanãtico" do potencial talento pola­tico, Will Hutton afirma que a crise lhe da¡ motivos para otimismo - no longo prazo.

'Todo mundo agora percebe que vocênão pode continuar assim', diz ele. 'As bases da forma como fazemos nega³cios tem que mudar. A forma como nosso governo éhipercentralizado precisa mudar. E Oxford mostrou que, longe de denegrir os especialistas, precisamos deles.

Embora Hutton acredite que a situação atual seráparticularmente grave para os jovens de 18 a 25 anos, ele diz que háesperana§a para o futuro: 'A necessidade de colaboração global estãoaumentando. Existem correntes no exterior que va£o capitalizar essa crise. Por exemplo, agora sabemos, especialmente quando olhamos fotos nossas hálguns anos em um casamento ou festa ou participando de qualquer evento com outras pessoas, que a pré-condição para nos associarmos livremente era saber que eles eram sauda¡veis.

'A saúde pública não éuma coisa opcional - um sistema de saúde pública resiliente éa pré-condição para trabalhar, se divertir - nossa própria civilização.'

Ele conclui: 'Ha¡ boas nota­cias. Depois de tudo isso, tera£o de ser feitas perguntas de pesquisa ... E isso tem que ser uma coisa boa.

 

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