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Pesquisadores mostram pela primeira vez processos conscientes no cérebro de pa¡ssaros
Para rastrear processos conscientes em pa¡ssaros, os cientistas de Ta¼bingen treinaram dois corvos: eles tiveram que sinalizar se haviam visto um esta­mulo em uma tela movendo suas cabea§as.
Por Universitaet Tübingen - 25/09/2020


Dados neurocienta­ficos indicam que os corvos são capazes de perceber conscientemente esta­mulos sensoriais - uma capacidade que antes são era demonstrada em humanos e outros primatas. Crédito: Tobias Machts / Universidade de Ta¼bingen

Ao medir sinais cerebrais, um grupo de pesquisa em Neurociênciada Universidade de Ta¼bingen demonstrou pela primeira vez que os pa¡ssaros canoros corvid possuem experiências subjetivas. O registro simulta¢neo do comportamento e da atividade cerebral permitiu ao grupo liderado pelo professor Andreas Nieder mostrar que os corvos são capazes de perceber conscientemente as entradas sensoriais. Atéagora, esse tipo de consciência são foi testemunhado em humanos e outros primatas, que tem estruturas cerebrais completamente diferentes das dos pa¡ssaros. "Os resultados do nosso estudo abrem uma nova maneira de olhar para a evolução da consciência e suas limitações neurobiológicas", diz Nieder. O estudo foi publicado na revista Science em 24 de setembro de 2020.

Para os humanos e nossos parentes mais pra³ximos no reino animal , os primatas não humanos, nossa capacidade de perceber as coisas conscientemente estãolocalizada no cortex cerebral. Ao longo de muitos anos, pesquisas tem discutido se os animais com cérebros estruturados de forma completamente diferente, sem um cortex cerebral, também são dotados de percepção consciente . Atéagora, poranãm, não houve dados neurola³gicos experimentais para apoiar tal afirmação.

Para rastrear processos conscientes em pa¡ssaros, os cientistas de Ta¼bingen treinaram dois corvos: eles tiveram que sinalizar se haviam visto um esta­mulo em uma tela movendo suas cabea§as. A maioria dos esta­mulos era perceptualmente inequa­voca: diferentes tentativas apresentavam figuras brilhantes ou nenhum esta­mulo, e os corvos sinalizavam de forma confia¡vel a presença ou ausaªncia desses esta­mulos, respectivamente. No entanto, alguns esta­mulos eram tão fracos que estavam no limiar da percepção: para o mesmo esta­mulo fraco, os corvos a s vezes indicavam que o tinham visto, enquanto em outros casos relatavam que não havia esta­mulo. Aqui, a percepção subjetiva dos corvos entrou em jogo.

"Os últimos ancestrais comuns de humanos e corvos viveram 320 milhões de anos atrás", diz Nieder. "a‰ possí­vel que a consciência da percepção tenha surgido naquela anãpoca e tenha sido transmitida desde então." Um cena¡rio alternativo éque a consciência da percepção se desenvolveu de forma totalmente independente nessas espanãcies distantemente aparentadas, explica o neurobiologista: "Em qualquer caso, a capacidade da experiência consciente pode ser realizada em cérebros estruturados de forma diferente e independentemente do cortex cerebral."


Enquanto os corvos respondiam aos esta­mulos visuais , os pesquisadores registravam simultaneamente a atividade de células nervosas individuaisno cérebro. Quando os corvos relataram ter visto algo, as células nervosas estavam ativas no período entre a apresentação do esta­mulo e a resposta comportamental. Se não percebessem um esta­mulo, as células nervosas permaneciam em silaªncio. Surpreendentemente, foi possí­vel predizer a experiência subjetiva dos corvos em relação ao esta­mulo com base na atividade das células nervosas. "Espera-se que as células nervosas que representam entrada visual sem componentes subjetivos respondam da mesma forma a um esta­mulo visual de intensidade constante", explica Nieder, "Nossos resultados, no entanto, mostram conclusivamente que as células nervosas em na­veis de processamento mais elevados do cérebro do corvo são influenciados pela experiência subjetiva, ou mais precisamente, produzem experiências subjetivas. "

Isso significa que, em termos de história evolutiva, as origens da consciência podem ser muito mais antigas e mais difundidas no reino animal do que se pensava anteriormente. "Os últimos ancestrais comuns de humanos e corvos viveram 320 milhões de anos atrás", diz Nieder. "a‰ possí­vel que a consciência da percepção tenha surgido naquela anãpoca e tenha sido transmitida desde então." Um cena¡rio alternativo éque a consciência da percepção se desenvolveu de forma totalmente independente nessas espanãcies distantemente aparentadas, explica o neurobiologista: "Em qualquer caso, a capacidade da experiência consciente pode ser realizada em cérebros estruturados de forma diferente e independentemente do cortex cerebral."

 

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