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Envelhecimento preciso de animais selvagens graças ao primeiro rela³gio epigenanãtico para morcegos
Este éo primeiro trabalho de pesquisa a mostrar que os animais selvagens podem ser envelhecidos com precisão usando um rela³gio epigenanãtico, que prevaª a idade com base emmudanças especa­ficas no DNA.
Por Universidade de Maryland - 12/03/2021


Um estudo liderado pela UMD reveloumudanças relacionadas a  idade no DNA dos morcegos relacionadas a  longevidade. No sentido hora¡rio a partir do canto superior esquerdo: morcego vampiro comum, (G. Wilkinson), morcego-ferradura, Rhinolophus ferrumequinum (G. Jones), morcego aveludado de cauda livre, morcego (S. Puechmaille) e morcego-de-rato-maior (M. Tschapka ) Todos podem viver 30 anos ou mais, exceto os maiores com orelhas de rato, que vivem apenas atéos 6 anos de idade. Crédito: G. Wilkinson, G. Jones, S. Puechmaille, M. Tschapka

Um novo estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Maryland e da UCLA descobriu que o DNA de amostras de tecido pode ser usado para prever com precisão a idade dos morcegos na natureza. O estudo também mostrou que asmudanças relacionadas a  idade no DNA de espanãcies de vida longa são diferentes daquelas em espanãcies de vida curta, especialmente em regiaµes do genoma próximas a genes associados ao câncer e imunidade. Este trabalho fornece uma nova visão sobre as causas dos decla­nios relacionados a  idade.

Este éo primeiro trabalho de pesquisa a mostrar que os animais selvagens podem ser envelhecidos com precisão usando um rela³gio epigenanãtico, que prevaª a idade com base emmudanças especa­ficas no DNA. Este trabalho fornece uma nova ferramenta para bia³logos que estudam animais na natureza. Além disso, os resultados fornecem informações sobre os possa­veis mecanismos por trás da longevidade excepcional de muitas espanãcies de morcegos. O estudo foi publicado na edição de 12 de mara§o de 2021 da revista Nature Communications.

"Esperamos que essasmudanças epigenanãticas sejam preditivas da idade", disse Gerald Wilkinson, professor de biologia da UMD e coautor do artigo. "Mas agora temos os dados para mostrar que, em vez de ter que seguir os animais ao longo da vida para ter certeza de sua idade, vocêpode simplesmente sair e pegar uma pequena amostra de um indiva­duo na natureza e ser capaz de saber sua idade, o que nos permite fazer todos os tipos de perguntas que não poda­amos antes. "

"O que érealmente interessante éque os locais onde encontramos metilação aumentando com a idade nos morcegos de vida curta estãopra³ximos a genes que mostraram estar envolvidos na tumorigaªnese - câncer - e na resposta imunola³gica", disse Wilkinson. "Isso sugere que pode haver algo a ser examinado nessas regiaµes em relação aos mecanismos responsa¡veis ​​pela longevidade."


Os pesquisadores analisaram o DNA de 712 morcegos de idade conhecida, representando 26 espanãcies, para encontrarmudanças na metilação do DNA em locais do genoma associados ao envelhecimento. A metilação do DNA éum processo que desliga os genes. Ocorre durante o desenvolvimento e éum importante regulador das células. No geral, a metilação tende a diminuir em todo o genoma com a idade. Usando o aprendizado de ma¡quina para encontrar padraµes nos dados, os pesquisadores descobriram que podiam estimar a idade de um morcego em atéum ano com base nasmudanças na metilação em 160 locais do genoma. Os dados também revelaram que as espanãcies de morcegos de vida muito longa exibem menos mudança na metilação geral a  medida que envelhecem do que os morcegos de vida curta.

Wilkinson e sua equipe analisaram os genomas de quatro espanãcies de morcegos - três de longa duração e uma de curta duração - para identificar os genes específicos presentes nas regiaµes do genoma onde as diferenças relacionadas a  idade na metilação se correlacionavam com a longevidade. Eles descobriram locais específicos no genoma onde a metilação tinha mais probabilidade de aumentar em vez de diminuir com a idade nos morcegos de vida curta, mas não em morcegos de vida longa, e que esses locais estavam localizados perto de 57 genes que sofrem mutação frequente em tumores cancerosos e 195 genes envolvidos na imunidade.

"O que érealmente interessante éque os locais onde encontramos metilação aumentando com a idade nos morcegos de vida curta estãopra³ximos a genes que mostraram estar envolvidos na tumorigaªnese - câncer - e na resposta imunola³gica", disse Wilkinson. "Isso sugere que pode haver algo a ser examinado nessas regiaµes em relação aos mecanismos responsa¡veis ​​pela longevidade."

Wilkinson disse que a análise da metilação pode fornecer uma visão sobre muitas diferenças relacionadas a  idade entre as espanãcies e levar a uma melhor compreensão das causas dos decla­nios relacionados a  idade em muitas espanãcies .

"Os morcegos vivem muito tempo, mas sua audição não diminui com a idade, como a nossa", disse ele. "Vocaª poderia usar este manãtodo para ver se hádiferenças na metilação associadas a  audição. Existem todos os tipos de perguntas como esta que podemos fazer agora."

O artigo de pesquisa, "A metilação do DNA prediz a idade e fornece uma visão sobre a longevidade excepcional dos morcegos", foi publicado em 12 de mara§o de 2021, na edição da Nature Communications .

 

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