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Como a produção de arroz da andia pode se adaptar aos desafios dasmudanças climáticas
A Organizaa§a£o das Naa§aµes Unidas para Agricultura e Alimentaa§a£o (FAO) estima que a populaa§a£o mundial crescera¡ dois bilhaµes de pessoas até2050 e a demanda por alimentos aumentara¡ 60%.
Por Marianne Stein - 12/03/2021


Trabalhadores agra­colas plantam transplantes de arroz na fazenda de pesquisa do Borlaug Institute for South Asia em Bihar, andia. Crédito: Universidade de Illinois.

Amedida que a população global cresce, a demanda por alimentos aumenta, enquanto a terra ara¡vel diminui. Um novo estudo da Universidade de Illinois investiga como a produção de arroz na andia pode atender a s necessidades futuras, adaptando-se a smudanças nas condições climáticas e na disponibilidade de a¡gua.

"O arroz éa cultura prima¡ria na andia, China e outrospaíses do Sudeste Asia¡tico. O consumo de arroz também estãocrescendo nos Estados Unidos e em outras partes do mundo", disse Prasanta Kalita, professora do Departamento de Engenharia Agra­cola e Biola³gica da U of I e autor principal do estudo.

"Se vocêolhar onde eles tradicionalmente cultivam arroz , sãopaíses que tem bastante a¡gua, ou pelo menos tinham. Eles tem clima tropical com fortes chuvas de que dependem para a produção de arroz. No geral, cerca de 4.000 litros de águava£o para produção e processamento por quilo de arroz ”, afirma.

"A mudança climática provavelmente afetara¡ a disponibilidade futura de a¡gua, e os produtores de arroz devem implementar novas prática s de manejo para sustentar a produção e aumentar a produtividade", disse Kalita.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que a população mundial crescera¡ dois bilhaµes de pessoas até2050 e a demanda por alimentos aumentara¡ 60%.

“Precisaremos de maºltiplos esforços para atender a essa demanda”, afirma Kalita. "E com mais dois bilhaµes de pessoas, também precisaremos de mais águapara a produção agra­cola, águapota¡vel e uso industrial."

Kalita e seus colegas conduziram o estudo na fazenda de pesquisa do Borlaug Institute for South Asia em Bihar, andia. Os agricultores da regia£o cultivam arroz durante a estação das monções, quando chuvas fortes sustentam a safra.

Os pesquisadores coletaram dados sobre a produção de arroz e as condições climáticas, e então usaram simulações de computador para modelar cenários futuros com base em quatro modelos clima¡ticos globais. O objetivo do estudo era estimar o rendimento do arroz e a demanda de águaaté2050, e avaliar como os agricultores podem se adaptar aos efeitos dasmudanças climáticas.

“Conforme o clima muda, ele afeta a temperatura, as chuvas e a concentração de dia³xido de carbono. Esses são ingredientes essenciais para o crescimento da safra, especialmente para o arroz. a‰ um sistema complicado e os efeitos são difa­ceis de avaliar e gerenciar”, afirma Kalita.

"Nossos resultados de modelagem mostram que o esta¡gio de crescimento da safra estãoencolhendo. O tempo de maturação total desde o dia do plantio atéo dia da colheita estãodiminuindo. As safras estãoamadurecendo mais rápido e, como resultado, vocênão obtanãm todo o potencial do rendimento. "

Se os agricultores mantiverem as prática s atuais, a produção de arroz diminuira¡ substancialmente até2050, mostra o estudo. Mas várias estratanãgias de gestãopodem mitigar os efeitos dasmudanças climáticas, e os pesquisadores fornecem uma sanãrie de recomendações.

O cultivo tradicional de arroz envolve inundar os campos com a¡gua. Os transplantes de arroz precisam de cerca de 15 centa­metros de águaparada. Se os campos não estiverem nivelados, énecessa¡rio ainda mais águapara cobrir as plantações, diz Kalita. No entanto, se os agricultores usarem arroz com semente direta em vez de transplantes, eles podem aumentar a produção usando significativamente menos a¡gua.

Outra prática envolve tecnologia de conservação do solo. “AsuperfÍcie do solo perde águacontinuamente por causa da temperatura, umidade e vento. Se vocêmanter os resíduos da cultura no solo, isso reduz a evaporação e preserva a água. Além disso, quando o resíduo da cultura se decompor, ajudara¡ a aumentar a qualidade do solo”, Kalita explica.

Os pesquisadores também sugerem a implementação de estratanãgias para evitar perdas de safra pa³s-colheita. A FAO estima que cerca de 30% das safras são perdidas ou desperdia§adas após a colheita, portanto, os esforços para reduzir essas perdas podem aumentar ainda mais a disponibilidade de safras e a segurança alimentar.

No geral, a melhor abordagem para atingir um aumento de 60% na produção de arroz e ao mesmo tempo minimizar as necessidades adicionais de irrigação éuma combinação de estratanãgias de conservação e uma redução de 30% nas perdas pa³s-colheita, concluem os pesquisadores.

 

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