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Pena­nsula Anta¡rtica deve aquecer nas próximas duas décadas
As projea§aµes também mostraram que a precipitaa§a£o - uma ameaça ao gelo se se manifestar como chuva - provavelmente aumentara¡ na pena­nsula em cerca de 5% a 10% no mesmo período de tempo.
Por Laura Arenschield - 15/03/2021


Doma­nio paºblico

Uma análise de simulações hista³ricas e projetadas de 19 modelos clima¡ticos globais mostra que, por causa dasmudanças climáticas, a temperatura na pena­nsula Anta¡rtica aumentara¡ 0,5 a 1,5 graus Celsius até2044.

As projeções também mostraram que a precipitação - uma ameaça ao gelo se se manifestar como chuva - provavelmente aumentara¡ na pena­nsula em cerca de 5% a 10% no mesmo período de tempo.

As estimativas foram publicadas recentemente na revista Climate Dynamics .

"Estamos preocupados com essas descobertas. Temos vistomudanças gerais bastante grandes na pena­nsula, geralmente ficando mais quentes e as plataformas de gelo e geleiras descarregando no oceano", disse David Bromwich, um dos principais autores do estudo e professor pesquisador da O Centro de Pesquisa Polar e Clima¡tica de Byrd da Ohio State University e o departamento de geografia.

A pena­nsula se projeta como uma cauda no lado noroeste da Anta¡rtica, curvando-se perto da parte mais ao sul da Amanãrica do Sul e do Chile.

Desde a década de 1950, a pena­nsula, junto com o resto da parte ocidental da Anta¡rtica, tem sido uma das regiaµes de aquecimento mais rápido da Terra. E porque écoberto por montanhas - o pico mais alto tem pouco mais de 10.600 panãs - os modelos clima¡ticos padrãoignoram algumas das nuances de como asmudanças climáticas afetam a pena­nsula, disse Bromwich.

“O problema da pena­nsula Anta¡rtica éque éessa cordilheira estreita, mas alta, e esses grandes modelos que abrangem todo o continente não levam isso em conta. Nosso objetivo era fornecer mais detalhes nessas projeções”, disse ele.

A análise descobriu que os maiores aumentos de temperatura - cerca de 2 graus Celsius - provavelmente aconteceriam no outono e inverno da Anta¡rtica, mas as temperaturas mais altas projetadas para o vera£o causariam mais problemas.

Isso poderia criar uma dupla ameaça para o gelo na pena­nsula, disse Bromwich: As temperaturas mais altas também significam que alguma precipitação que poderia ter caa­do como neve provavelmente caira¡ como chuva.

Mais chuva significa menos neve no topo do gelo, o que protege o gelo dos raios do sol refletindo-os de volta para o canãu.

“Mas agora, se vocêtem gelo puro, ou gelo que estãoderretendo um pouco, e o sol bate nele, uma boa fração dessa energia derrete”, disse Bromwich. "E vimos isso no passado com outras plataformas de gelo - écomo um martelo, apenas se estilhaa§a."

Os autores do estudo também descobriram que, para realmente prever o que pode acontecer na pena­nsula, são necessa¡rios modelos clima¡ticos melhores e mais matizados.

Grandes modelos clima¡ticos - aqueles que cobrem asuperfÍcie da Terra - muitas vezes não consideram outros fatores específicos de regiaµes menores. Na pena­nsula Anta¡rtica, disse Bromwich, um fator negligenciado éa modificação dos ventos de oeste, ventos que sopram de oeste para leste perto de qualquer polo. Os ventos de oeste sopram diretamente sobre a pena­nsula Anta¡rtica, criando uma espanãcie de microclima que os grandes modelos clima¡ticos costumam deixar passar.

Essas nuances são especialmente importantes na pena­nsula Anta¡rtica, que desde o final dos anos 1970 éconsiderada uma importante vanguarda do que pode acontecer em todo o resto da Anta¡rtica. A pena­nsula, os cientistas do clima passaram a entender, émais susceta­vel aos efeitos dasmudanças climáticas. A primeira pessoa a prever quemudanças em toda a Anta¡rtica seriam vistas pela primeira vez na pena­nsula foi outro pesquisador do estado de Ohio, John Mercer, que era conhecido em todo o mundo por seu trabalho sobre asmudanças climáticas na Anta¡rtica.

 

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