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Cientistas mostram que safras tolerantes a  seca precisam de pele no jogo
A pesquisa da Universidade Nacional Australiana (ANU) ira¡ aumentar os esforços cienta­ficos para melhorar o desempenho das principais culturas, como a cevada, arroz e trigo, durante os períodos de calor significativo e seca stress.
Por Will Wright - 16/03/2021


O pesquisador da ANU Diego Ma¡rquez com uma planta de milho e um dispositivo que os cientistas usam para medir os na­veis de desidratação. Crédito: ANU

O Santo Graal das plantações que podem sobreviver a longas ondas de calor e a  seca pode estar um passo mais perto com os cientistas descobrindo uma maneira de medir com precisão a perda de águade uma planta atravanãs de sua pele.

Existem apenas duas maneiras pelas quais as plantações e outras plantas perdem a¡gua: atravanãs da pele, também conhecida como cuta­cula, e pelos esta´matos.

Atéagora, os cientistas calcularam os na­veis de desidratação de uma planta com base principalmente nos esta´matos, que são poros nas folhas que liberam vapor de águae absorvem dia³xido de carbono - também conhecido como troca gasosa.

A pesquisa da Universidade Nacional Australiana (ANU) ira¡ aumentar os esforços cienta­ficos para melhorar o desempenho das principais culturas, como a cevada, arroz e trigo, durante os períodos de calor significativo e seca stress.

O pesquisador da ANU Diego Ma¡rquez disse que a equipe desenvolveu um novo modelo para calcular a troca gasosa de uma planta e o confirmou com experimentos de laboratório.

"Esta¡vamos vendo apenas metade do panorama das safras e outras plantas no que diz respeito a  sua tolera¢ncia a  seca", disse Ma¡rquez, Ph.D. acadêmico com o grupo do professor Graham Farquhar na Escola de Biologia de Pesquisa ANU, disse.

"A cuta­cula éa barreira final para a desidratação da folha e, portanto, este estudo pode ajudar a entender melhor a tolera¢ncia a  seca", disse Ma¡rquez.

O modelo mais comumente usado - desenvolvido pela Professora Susanne von Caemmerer e pelo Professor Farquhar há40 anos - assume que a perda de águapela pele éinsignificante.

“Se vocêestãoignorando uma das duas contribuições para a evaporação da águade uma planta, então vocêpode esperar um grau substancial de erro em sua análise”, disse o professor Farquhar.

O avanço da equipe não apenas melhora a estimativa da perda de águade uma planta em um determinado momento, mas também mostra uma representação mais realista e precisa do processo de troca gasosa.

“Estamos desenvolvendo um manãtodo simples que permite aos cientistas agra­colas e outros no campo calcular a perda de águaatravanãs da casca de uma safra”, disse o professor Farquhar.

"A esperana§a éque, com o investimento apropriado em pesquisa, ciência aplicada e aplicações prática s , nossa pesquisa possa ajudar a desenvolver safras tolerantes a  seca e mais eficientes no uso de água."

A pesquisa, que foi financiada em parte pelo Centro de Excelaªncia para Fotossa­ntese Translacional do Australian Research Council, foi publicada na Nature Plants .

 

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