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As plantas desempenham um papel importante no ciclo de mercaºrio ta³xico atravanãs do meio ambiente, dizem os pesquisadores
O estudo representa a maior revisão abrangente da absora§a£o de mercaºrio na vegetaa§a£o e seu impacto no ciclo do mercaºrio em todo o mundo, de acordo com os pesquisadores.
Por Universidade de Massachusetts Lowell - 31/03/2021


Doma­nio paºblico

Pesquisadores que estudam o gás mercaºrio na atmosfera com o objetivo de reduzir o poluente em todo o mundo, constataram que uma grande quantidade do elemento ta³xico éabsorvido pelas plantas, levando-o a se depositar no solo.

Centenas de toneladas de mercaºrio a cada ano são emitidas na atmosfera como gás pela queima de carva£o, mineração e outros processos industriais e naturais. Essas emissaµes são absorvidas pelas plantas em um processo semelhante ao modo como absorvem dia³xido de carbono. Quando as plantas perdem as folhas ou morrem, o mercaºrio étransferido para os solos, onde grandes quantidades também chegam a s bacias hidrogra¡ficas, ameaa§ando a vida selvagem e as pessoas que comem peixes contaminados.

A exposição a altos na­veis de mercaºrio por longos períodos pode levar a problemas neurola³gicos e cardiovasculares em humanos, de acordo com Daniel Obrist da UMass Lowell, professor e presidente do Departamento de Ciências Ambientais, Terrestres e Atmosfanãricas, que lidera o grupo de pesquisa.

Obrist éespecialista na ciclagem do mercaºrio no meio ambiente. Em seu último projeto, ele e o Associado de Pesquisa da UMass Lowell, Jun Zhou, coletaram mais de 200 estudos publicados com dados sobre os na­veis de mercaºrio na vegetação em mais de 400 locais ao redor do mundo. Ao avaliar esses dados, eles determinaram que cerca de 88% do mercaºrio encontrado nas plantas tem origem nas folhas das plantas, que absorvem mercaºrio gasoso da atmosfera. Globalmente, a vegetação pode absorver mais de 1.300 toneladas de mercaºrio a cada ano, sendo responsável por 60 a 90 por cento dele sendo depositado sobre a terra, de acordo com Zhou.

As descobertas da equipe foram publicadas este maªs na revista acadaªmica Nature Reviews — Earth & Environment. O estudo representa a maior revisão abrangente da absorção de mercaºrio na vegetação e seu impacto no ciclo do mercaºrio em todo o mundo, de acordo com os pesquisadores.

"Quando eu caminho fora aqui na Nova Inglaterra, eu sempre fico surpreso com o verde de nossa floresta, pastagens e pa¢ntanos salgados. Um objetivo da minha pesquisa édeterminar com que força a vegetação controla o ciclo dos elementos - alguns dos quais podem ser poluentes ta³xicos - para que possamos mitigar melhor os efeitos prejudiciais ", disse Obrist.

O trabalho leva os cientistas a uma maior compreensão de como funciona o ciclo do mercaºrio, de acordo com Zhou.

"Os pesquisadores trabalharam no papel que a vegetação desempenha no ciclo do mercaºrio por mais de 30 anos, mas a extensão total desses impactos ainda não foi totalmente percebida. Foi oportuno escrever esta revisão abrangente e comunicar aos colegas e ao paºblico sobre o estado atual do conhecimento nesta área ", disse Zhou.

Outros contribuintes do estudo incluem cientistas da Divisão de Pesquisa de Qualidade do Ar do Canada¡ em Meio Ambiente e Mudanças Clima¡ticas em Quebec e a Universidade de Basel na Sua­a§a. O apoio a  pesquisa foi fornecido pela US National Science Foundation e pela Swiss National Science Foundation.

Em um projeto separado, mas relacionado, liderado por Obrist, os pesquisadores continuam a medir como a vegetação afeta o ciclo do mercaºrio nas florestas da Nova Inglaterra, com foco nas florestas do Maine e Massachusetts. A equipe de Obrist estãousando uma variedade de instrumentos e sensores para medir a absorção de mercaºrio na atmosfera pelas florestas em várias alturas, desde a copa das a¡rvores atépra³ximo ao solo da floresta, permitindo o rastreamento dia¡rio de como a deposição de mercaºrio pode ser diferente em cada floresta e pode mudar com as estações.

 

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