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Os pesquisadores dizem que não sabemos como a maioria dos mama­feros respondera¡ a smudanças climáticas
Pesquisadores da Universidade de Oxford, ao lado de colaboradores internacionais, descobriram que háuma lacuna de conhecimento significativa sobre os riscos impostos pelasmudanças climáticas aos mama­feros.
Por Oxford - 09/04/2021


Fama­lia de renas selvagens - Spitsbergen, Svalbard. Crédito: Shutterstock

Em sua revisão sistema¡tica, publicada no Journal of Animal Ecology, os cientistas identificam que hálacunas significativas sobre os riscos para os mama­feros em regiaµes mais vulnera¡veis ​​a smudanças climáticas, incluindo áreas boreais e tropicais.

Eles identificam que atualmente hápesquisas avaliando os efeitos dasmudanças climáticas nas populações de mama­feros para apenas 87 espanãcies. Isso representa apenas <1% da rica diversidade de mama­feros, um grupo que contanãm mais de 6.400 espanãcies, e para o qual cerca de 25% estãoameaa§ado de extinção.

Simplesmente, não podemos proteger o que não entendemos. Ao examinar como os blocos de construção de qualquer espanãcie mudam com o clima, seremos capazes de fornecer previsaµes robustas de como cada espanãcie individual se saira¡ antes dasmudanças climáticas e outras atividades lideradas pelo homem.

Este estudo fornece, pela primeira vez, uma compreensão fundamental das respostas dos mama­feros a smudanças climáticas. Sua pesquisa mostra que as respostas desses três processos demogra¡ficos - taxas de sobrevivaªncia, crescimento e reprodução - são especa­ficas para cada espanãcie e frequentemente tem efeito negativo, neutro ou mesmo positivo em diferentes processos demogra¡ficos de forma diferente.

No entanto, os dados disponí­veis severamente limitados, dizem eles, significa que éimpossí­vel desenhar as generalidades tão necessa¡rias para desenvolver parcerias globais com governos, formuladores de políticas, agaªncias de financiamento e ONGs para combater com eficiência os efeitos dasmudanças climáticas nas espanãcies de mama­feros em todo o mundo .

O Dr. Rob Salguero-Ga³mez , do Departamento de Zoologia da Universidade de Oxford, disse: 'Muito simplesmente, não podemos proteger o que não entendemos. Examinando como os blocos de construção de qualquer espanãcie mudam com o clima, seremos capazes de fornecer previsaµes robustas de como cada espanãcie individual se saira¡ antes dasmudanças climáticas e outras atividades comandadas pelo homem.

“A maioria das instituições de alta pesquisa estãolocalizada em habitats temperados e mediterra¢neos. Embora esses habitats tenham seu valor principal, eles não são classificados atualmente como altamente vulnera¡veis ​​como outros, como os tra³picos e a Tundra. '

Esta éa primeira chamada biogeograficamente expla­cita para priorização guiada de onde a pesquisa em ecologia de populações de mama­feros deve se concentrar. Os cientistas esperam que esta pesquisa ajude a definir como as agaªncias de financiamento, ecologistas populacionais e gestores decidem investir seu tempo e apoio econa´mico limitados.

"A maioria das instituições de alta pesquisa estãolocalizada em habitats temperados e mediterra¢neos. Embora esses habitats tenham seu valor principal, eles não são classificados atualmente como altamente vulnera¡veis ​​como outros, como os tra³picos e a Tundra"


Os cientistas dizem que suas descobertas provam que os pesquisadores precisam urgentemente buscar regiaµes - e colaborações internacionais ativas com pesquisadores locais - ao redor do mundo onde o meio ambiente mais mudara¡. Esses locais podem ser inconvenientemente localizados e distantes dos centros das instituições de pesquisa.

Se essa abordagem não for possí­vel, eles sugerem a implementação de manipulações experimentais do ambiente. Embora reconhea§am que isso tem importantes considerações bioanãticas.

O Dr. Rob Salguero-Ga³mez disse: 'A chave para esses desafios éo fato de que, por exemplo, o Reino Unido rescindiu recentemente todos os projetos de Assistaªncia Oficial ao Desenvolvimento (ODA). Isso traz enormes consequaªncias negativas, pois éprecisamente a maioria dospaíses da ODA que abrigam a maior proporção de mama­feros (e outras espanãcies) em todo o mundo, por exemplo, o “cintura£o verde africano” (Camaraµes, CAR, RDC, Quaªnia, Tanza¢nia), Chile, Cola´mbia , Equador, Filipinas, Indonanãsia. '

 

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