Simulações revelam como a cepa SARS-CoV-2 dominante se liga ao hospedeiro, sucumbindo aos anticorpos
Os resultados da pesquisa de uma equipe liderada pelo Laborata³rio Nacional de Los Alamos iluminam o mecanismo tanto da infeca§a£o pela forma G quanto da resistência dos anticorpos contra ela, o que pode ajudar no futuro desenvolvimento de vacinas.
Simulações de supercomputador no Laborata³rio Nacional de Los Alamos demonstraram que a forma G do SARS-CoV-2, a cepa dominante do varus que causa COVID-19, sofreu mutação para uma conformação que permite que ele se ligue mais facilmente aos receptores do hospedeiro, ao mesmo tempo que émais suscetavel a anticorpos do que a forma D original. Crédito: Laborata³rio Nacional de Los Alamos.
Simulações de supercomputador em grande escala nonívelata´mico mostram que a variante da forma G dominante do varus causador de COVID-19 émais infecciosa, em parte devido a sua maior capacidade de se ligar prontamente ao seu receptor hospedeiro alvo no corpo, em comparação com outras variantes. Os resultados da pesquisa de uma equipe liderada pelo Laborata³rio Nacional de Los Alamos iluminam o mecanismo tanto da infecção pela forma G quanto da resistência dos anticorpos contra ela, o que pode ajudar no futuro desenvolvimento de vacinas.
"Descobrimos que as interações entre os blocos de construção ba¡sicos da proteana Spike se tornam mais simanãtricas na forma G, e isso da¡ mais oportunidades de se ligar aos receptores no hospedeiro - em nós", disse Gnana Gnanakaran, autora correspondente do artigo publicado hoje na Science Advances. "Mas, ao mesmo tempo, isso significa que os anticorpos podem neutraliza¡-lo com mais facilidade. Em essaªncia, a variante levanta a cabea§a para se ligar ao receptor, o que da¡ aos anticorpos a chance de ataca¡-lo."
Os pesquisadores sabiam que a variante, também conhecida como D614G, era mais infecciosa e poderia ser neutralizada por anticorpos, mas não sabiam como. Simulando mais de um milha£o de a¡tomos individuais e exigindo cerca de 24 milhões de horas de CPU do tempo do supercomputador, o novo trabalho fornece detalhes emnívelmolecular sobre o comportamento do Spike dessa variante.
As vacinas atuais para SARS-CoV-2, o varus que causa COVID-19, são baseadas na forma D614 original do varus. Essa nova compreensão da variante G - as mais extensas simulações de supercomputador da forma G nonívelata´mico - pode significar que ela oferece uma base para futuras vacinas.
A equipe descobriu a variante D614G no inicio de 2020, quando a pandemia COVID-19 causada pelo varus SARS-CoV-2 estava aumentando. Essas descobertas foram publicadas na Cell. Os cientistas observaram uma mutação na proteana Spike. (Em todas as variantes, éa proteana Spike que da¡ ao varus sua corona característica.) Esta mutação D614G, nomeada para o aminoa¡cido na posição 614 no genoma SARS-CoV-2 que sofreu uma substituição do a¡cido aspa¡rtico, prevaleceu globalmente em questãode semanas.
As proteanas Spike se ligam a um receptor especafico encontrado em muitas de nossas células por meio do domanio de ligação ao receptor de Spike, levando a infecção. Essa ligação requer que o domanio de ligação do receptor faz a transição estrutural de uma conformação fechada, que não pode se ligar, para uma conformação aberta, que pode.
As simulações nesta nova pesquisa demonstram que as interações entre os blocos de construção do Spike são mais simanãtricas na nova variante da forma G do que na cepa da forma D original. Essa simetria leva a mais picos virais na conformação aberta, de modo que pode infectar uma pessoa com mais facilidade.
Uma equipe de pa³s-doutorandos de Los Alamos - Rachael A. Mansbach (agora professora assistente de Fasica na Concordia University), Srirupa Chakraborty e Kien Nguyen - liderou o estudo executando várias simulações em escala de microssegundos das duas variantes em ambas as conformações do domanio de ligação ao receptor para iluminar como a proteana Spike interage com o receptor do hospedeiro e com os anticorpos neutralizantes que podem ajudar a proteger o hospedeiro da infecção. Os membros da equipe de pesquisa também incluaam Bette Korber, do Laborata³rio Nacional de Los Alamos, e David C. Montefiori, do Duke Human Vaccine Institute.