Como parte do Acordo de Paris, quase todos ospaíses concordaram em tomar medidas para limitar o aumento manãdio da temperatura global dasuperfÍcie a menos de 2 graus C, ou de preferaªncia 1,5 graus C, em comparaça£o com os naveis pré-industri
Domanio paºblico
Como parte do Acordo de Paris, quase todos ospaíses concordaram em tomar medidas para limitar o aumento manãdio da temperatura global dasuperfÍcie a menos de 2 graus C, ou de preferaªncia 1,5 graus C, em comparação com os naveis pré-industriais. Desde que o Acordo foi adotado, no entanto, as preocupações com o aquecimento global sugerem que ospaíses deveriam ter como meta o limite de aquecimento "preferavel" de 1,5 graus C.
Quais são as implicações para a China de tentar atingir esse limite inferior? O Prof. Duan Hongbo da Universidade da Academia Chinesa de Ciências e o Prof. Wang Shouyang da Academia de Matema¡tica e Ciências de Sistemas da Academia Chinesa de Ciências, juntamente com seus colaboradores, tentaram responder a esta pergunta.
Seus resultados foram publicados em um artigo intitulado "Avaliando os esforços da China para buscar o limite de aquecimento de 1,5 graus C ", que foi publicado na Science em 22 de abril.
Os autores usaram nove diferentes modelos de avaliação integrada (IAMs) para fazer sua avaliação do esfora§o da China para atingir o limite de aquecimento de 1,5 graus C.
Os vários modelos mostram diferentes trajeta³rias de emissão para emissaµes de carbono e não carbono. A maioria dos IAMs alcana§ara¡ emissaµes de carbono quase zero ou negativas por volta de 2050, com uma faixa de -0,13 bilhaµes de toneladas de CO 2 (GtCO 2 ) a 2,34 GtCO 2 em todos os modelos. No entanto, um achado altamente consistente entre todos os modelos éque o limite de aquecimento de 1,5 graus C exige que as emissaµes de carbono diminuam drasticamente após 2020.
Os pesquisadores descobriram que uma queda abrupta e precoce nas emissaµes de carbono reduz a dependaªncia de tecnologias de emissão negativa (NETs), ou seja, tecnologias que capturam e sequestram carbono. Uma implicação dessa descoberta éque háuma compensação entre a mitigação antecipada substancial das emissaµes de carbono e a dependaªncia de NETs, ​​que podem ter um desempenho incerto. Ao mesmo tempo, o modelo que mostra as emissaµes de carbono mais baixas até2050 mostra a maior dependaªncia da tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS) - sugerindo que as NETs tem um papel importante na redução das emissaµes de carbono.
Embora as emissaµes de carbono tenham sido um foco importante do estudo, os pesquisadores também observaram que a redução das emissaµes de não carbono énecessa¡ria para ficar abaixo do limite de aquecimento. Especificamente, as emissaµes de carbono devem ser reduzidas em 90%, as emissaµes de CH 4 em cerca de 71% e as emissaµes de N 2 O em cerca de 52% para atingir a meta de 1,5 graus Celsius.
O estudo mostrou que os desafios da mitigação diferem entre os setores, por exemplo, indaºstria, residencial e comercial, transporte, eletricidade e "outros". Entre esses setores, a indústria desempenha um grande papel no consumo final de energia. Portanto,mudanças substanciais no uso de energia industrial devem ocorrer para alcana§ar uma profunda descarbonização de toda a economia e a realização dos objetivos clima¡ticos dados. De fato, uma descoberta altamente consistente em todos os modelos éque a maior proporção da redução de emissaµes vira¡ de um declanio substancial no consumo de energia.
O estudo também destaca a importa¢ncia de substituir os combustaveis fa³sseis por renova¡veis, uma estratanãgia que desempenha o pra³ximo papel mais importante na redução de emissaµes por trás da redução do consumo de energia. O estudo sugere que a China precisa diminuir seu consumo de energia fa³ssil (medido pelo equivalente de carva£o padra£o, ou Gtce) em cerca de 74% em 2050 em comparação com o cena¡rio sem políticas.
Os pesquisadores estimam que atingir a meta de 1,5 graus C envolvera¡ uma perda do PIB em 2050 na faixa de 2,3% a 10,9%, devido a diminuição do consumo de energia e outros fatores.
O estudo também observou que o plano recentemente anunciado da China de se tornar neutro em carbono até2060 estãode acordo com o limite de aquecimento de 1,5 graus C; no entanto, atingir o último objetivo émais desafiador.