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Os mapas de biodiversidade do mundo contem muitas lacunas, concluiu o estudo de Yale
Em um novo estudo, uma equipe de pesquisadores criou mapas e avaliou as tendaªncias regionais de quanto bem os dados de espanãcies existentes são capazes de representar a distribuia§a£o de 31.000 vertebrados terrestres em todo o mundo
Por Yale University - 13/08/2021


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Enquanto as nações do mundo se preparam para definir novas metas para a proteção da biodiversidade, os pesquisadores de Yale identificaram onde as lacunas de dados continuam a limitar as decisaµes eficazes de conservação.

Em um novo estudo, uma equipe de pesquisadores criou mapas e avaliou as tendaªncias regionais de quanto bem os dados de espanãcies existentes são capazes de representar a distribuição de 31.000 vertebrados terrestres em todo o mundo e, portanto, ajudar a informar políticas e ações para manter a biodiversidade e seus benefa­cios.

“ Esses mapas destacam as oportunidades mais gratificantes para cientistas cidada£os, agaªncias governamentais e cientistas para apoiar o monitoramento da biodiversidade e ajudar a fechar lacunas cra­ticas de conhecimento”, disse Walter Jetz, professor de ecologia e biologia evolutiva e do meio ambiente, diretor do Yale Center for Biodiversity and Global Change (BGC), e autor saªnior do artigo.

O estudo foi publicado em 10 de agosto na revista PLOS Biology.

A necessidade de tais informações écra­tica, pois os lideres ambientais e pola­ticos continuam a criar estratanãgias para proteger a diversidade de espanãcies em todo o mundo como parte da Convenção sobre Diversidade Biola³gica, um tratado internacional com o objetivo de conservar e gerenciar a biodiversidade global que avalia o progresso em direção a esses objetivos.

Jetz e sua equipe criaram uma das principais ferramentas usadas por lideres mundiais para monitorar, pesquisar e criar políticas que protegem as espanãcies em todo o mundo - o Mapa da Vida .

“ Esperamos que nosso trabalho quantificando o tremendo valor complementar das observações da biodiversidade subnotificada possa apoiar uma coleta de dados mais eficaz no futuro”, disse Oliver. “a‰ incra­vel o quanto ainda não sabemos sobre as espanãcies conhecidas neste planeta.”


No novo estudo, os pesquisadores apresentam uma estrutura para ajudar a identificar onde o monitoramento adicional émais necessa¡rio. Embora tenha havido um aumento drama¡tico na quantidade de dados coletados sobre espanãcies de vertebrados nos últimos 20 anos, eles descobriram que nem todos esses dados renderam novos insights sobre a biodiversidade. Por exemplo, dados sobre espanãcies de pa¡ssaros compartilhados por cientistas cidada£os e outros tendem a ser redundantes devido a  popularidade de certas espanãcies comumente encontradas em áreas densamente povoadas. A maioria dos novos dados coletados sobre pa¡ssaros são das mesmas espanãcies e locais.

A análise foi conduzida por Ruth Oliver de Yale, cientista pesquisadora associada do Centro para Biodiversidade e Mudança Global, Jetz, e colegas.

De forma alarmante, o estudo constata que os dados cra­ticos para caracterizar a biodiversidade em muitospaíses se estabilizaram ou, em alguns casos, atédiminua­ram. De acordo com a análise, 42% dospaíses tem informações inadequadas sobre a biodiversidade de vertebrados e não observaram aumento ou diminuição na cobertura de dados. Apenas 17% dospaíses alcana§aram cobertura de dados suficiente e também viram um aumento em novas informações sobre as espanãcies.

“ Esperamos que nosso trabalho quantificando o tremendo valor complementar das observações da biodiversidade subnotificada possa apoiar uma coleta de dados mais eficaz no futuro”, disse Oliver. “a‰ incra­vel o quanto ainda não sabemos sobre as espanãcies conhecidas neste planeta.”

Embora os a­ndices usados ​​no estudo tenham sido usados ​​para demonstrar a diversidade biológica de vertebrados terrestres, eles podem ser prontamente atualizados a  medida que novos dados se tornam disponí­veis e expandidos para outros ta¡xons, como espanãcies marinhas e invertebrados. Este trabalho éapoiado pela equipe do Map of Life e os resultados estãodisponí­veis para exploração em mol.org/indicators/coverage .

 

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