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Pesquisadores identificam 'microcromossomos' de pa¡ssaros e ranãpteis que antes erampartículas de poeira em uma lâmina de microsca³pio
Publicando as descobertas hoje no PNAS , uma equipe liderada pela professora Jenny Graves da La Trobe University, fez a descoberta alinhando a sequaªncia de DNA dos microcromossomos que se amontoam nas células de pa¡ssaros e ranãpteis.
Por La Trobe University - 02/11/2021


Canãlulas centrais do draga£o barbudo sob um microsca³pio, mostrando os minaºsculos microcromossomos amontoados entre os cromossomos maiores. Crédito: Shayer Alam

Os cientistas descobriram que minaºsculos 'microcromossomos' em pa¡ssaros e ranãpteis, inicialmente consideradospartículas de poeira na lâmina de microsca³pio, estãoligados a um ancestral animal sem espinha que viveu 684 milhões de anos atrás. Eles provaram ser os blocos de construção de todos os genomas animais, mas sofreram "rearranjos estonteantes" em mama­feros, incluindo humanos.

Publicando as descobertas hoje no PNAS , uma equipe liderada pela professora Jenny Graves da La Trobe University, fez a descoberta alinhando a sequaªncia de DNA dos microcromossomos que se amontoam nas células de pa¡ssaros e ranãpteis.

Quando esses pequenos microcromossomos foram vistos pela primeira vez no microsca³pio, os cientistas pensaram que eram apenaspartículas de poeira entre os cromossomos maiores das aves, mas na verdade são cromossomos adequados.

O professor Graves disse que, usando tecnologia avana§ada de sequenciamento de DNA, os cientistas podem finalmente sequenciar os microcromossomos de ponta a ponta.

"Na³s alinhamos essas sequaªncias de pa¡ssaros, tartarugas, cobras e lagartos, ornitorrincos e humanos e os comparamos", disse o professor Graves.

"Surpreendentemente, os microcromossomos eram os mesmos em todas as espanãcies de pa¡ssaros e ranãpteis. Ainda mais surpreendente, eles eram iguais aos minaºsculos cromossomos do Anfioxus - um pequeno animal parecido com um peixe sem coluna vertebral que compartilhou um ancestral comum com vertebrados 684 milhões de anos atrás ", disse o professor Graves.

O professor Graves disse que em mama­feros marsupiais e placenta¡rios esses antigos remanescentes genanãticos são divididos em pequenas manchas em nossos cromossomos grandes, supostamente normais.

"A exceção éo genoma do ornitorrinco, no qual os microcomossomos se fundiram em alguns grandes blocos que refletem nosso ancestral mama­fero mais antigo", disse o professor Graves.

O professor Graves disse que as descobertas destacam a necessidade de repensar a forma como vemos o genoma humano.

"Em vez de serem 'normais', os cromossomos de humanos e outros mama­feros foram inflados com muito 'DNA lixo' e embaralhados de muitas maneiras diferentes", disse o professor Graves.

"O novo conhecimento ajuda a explicar por que existe uma gama tão grande de mama­feros com genomas tão diferentes habitando todos os cantos de nosso planeta."

O professor Graves liderou uma equipe de pesquisadores da Australian National University, da University of Canberra e da University of New South Wales, além de colaboradores internacionais.

"Foi emocionante trabalhar com jovens com as habilidades para analisar dados complexos do genoma ", disse o professor Graves.

 

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