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Os conservacionistas da ilha identificam as principais barreiras para atingir as metas de biodiversidade
As ilhas são hotspots de biodiversidade, mas, paradoxalmente, também são hotspots de extina§a£o.
Por Oxford - 28/11/2021


Os conservacionistas da ilha identificam as principais barreiras para atingir as metas de biodiversidade - Crédito da imagem: Shutterstock

Os impactos de espanãcies exa³ticas invasoras, perda de habitat emudanças climáticas são agravados em pequenas nações insulares, que são altamente dependentes da biodiversidade para seu bem-estar econa´mico e social. O fracasso em cumprir as metas globais de biodiversidade indica claramente a necessidade de esforços de gestãoe conservação da biodiversidade mais eficazes, e isso, por sua vez, requer uma melhor compreensão das barreiras atuais para o sucesso.

Pesquisa com conservacionistas de ilhas no Oceano andico Ocidental revelou uma sanãrie de barreiras operando em vários na­veis de manejo, que interferem em sua capacidade de atingir os objetivos de conservação locais e nacionais. Os problemas mais comuns foram capacidade limitada, recursos limitados e falta de coordenação governamental. Essas barreiras impedem a capacidade dospaíses de cumprir as metas nacionais e contribuir para as metas globais de biodiversidade. O artigo foi publicado hoje na Conservation Science and Practice.

April Burt , da Universidade de Oxford e principal autora do estudo, disse: 'Ao definir essas barreiras por meio de pesquisa sistema¡tica, elas podem ser apresentadas para discussão entre profissionais de todos os na­veis gerenciais.'

Um praticante de conservação descreveu a “fragmentação de esforços”, em que os praticantes “não tem ideia do que estãoacontecendo em outras ilhas” e estão“todos fazendo a mesma coisa, de maneiras ligeiramente diferentes, mas não compartilhando as lições aprendidas”.

April Burt disse, 'Essa falta de conexão e colaboração torna difa­cil rastrear e sintetizar os resultados do manejo da conservação, compilar dados nacionais, identificar ações bem-sucedidas (e malsucedidas) e, em última insta¢ncia, maximizar o uso de recursos e o manejo eficaz.'

Uma das descobertas mais surpreendentes foi a prevalaªncia em que os conservacionistas encontraram egos e conflitos interpessoais dentro da alta administração como a principal barreira. Um praticante descreveu como “'egos' hista³ricos governam as organizações de uma abordagem de cima para baixo”.

Embora o estudo enfoque as principais barreiras, ele também destaca soluções potenciais.

April Burt diz: 'a‰ importante reconhecer que, apesar das barreiras delineadas neste estudo, háuma grande quantidade de trabalho de conservação crucial e bem-sucedido sendo realizado pelos praticantes da regia£o. Muitos deles já reconheceram certas barreiras e estãolidando com elas de forma proativa; por exemplo, criando cargos de gerenciamento de dados ou desenvolvendo colaborações com institutos de pesquisa para facilitar a análise de dados. '

Um exemplo fornecido foi o de uma ONG que coordena reuniaµes anuais para grupos focais sobre aves marinhas e um dos programas de recuperação de espanãcies de aves terrestres endaªmicas de longo prazo, apesar de não receber mais fundos do projeto para fazer isso.

Por fim, April Burt diz: 'Encontrar soluções significativas depende de sermos honestos, realistas e autocra­ticos, mas implementa¡-las exigira¡ investimento emnívelnacional. Somente assim podemos aumentar a eficácia de nossa gestãonos na­veis local e nacional e maximizar nossas chances de atingir as metas globais de biodiversidade. '

 

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