Mundo

De onde vieram as abelhas mela­feras ocidentais? Uma nova pesquisa encontra o ponto ideal
A equipe de pesquisa sequenciou 251 genomas de 18 subespanãcies da área de distribuia§a£o nativa das abelhas e usou esses dados para reconstruir a origem e o padrãode dispersão das abelhas.
Por York University - 04/12/2021


Doma­nio paºblico

Por décadas, os cientistas debateram acaloradamente a origem da abelha mela­fera ocidental. Agora, uma nova pesquisa liderada pela York University descobriu que essas abelhas produtoras de mel populares provavelmente se originaram na asia.

A partir daa­, a abelha mela­fera ocidental ( Apis mellifera) se expandiu independentemente para a áfrica e a Europa, criando sete linhagens evolutivas distintas geograficamente e geneticamente distintas, que remontam a  asia Ocidental.

A abelha mela­fera ocidental éusada para polinização e produção de mel em quase todo o mundo, e tem uma capacidade nota¡vel de sobreviver em ambientes muito diferentes - desde a floresta tropical atéambientes a¡ridos e regiaµes temperadas com invernos frios. a‰ nativo da áfrica, Europa e asia e, recentemente, acredita-se que seja origina¡rio da áfrica.

A equipe de pesquisa sequenciou 251 genomas de 18 subespanãcies da área de distribuição nativa das abelhas e usou esses dados para reconstruir a origem e o padrãode dispersão das abelhas. A equipe descobriu que uma origem asia¡tica - provavelmente asia Ocidental - foi fortemente apoiada pelos dados genanãticos.

"Como um dos polinizadores mais importantes do mundo, éessencial saber a origem da abelha mela­fera ocidental para entender sua evolução, genanãtica e como ela se adaptou a  medida que se espalhou", diz o autor correspondente, o professor Amro Zayed, da Faculdade de Ciências da Universidade de York.

O estudo também destaca que o genoma da abelha tem vários "pontos quentes" que permitiram que as abelhas se adaptassem a novas áreas geogra¡ficas. Embora o genoma da abelha tenha mais de 12.000 genes, apenas 145 deles tinham assinaturas repetidas de adaptação associadas a  formação de todas as principais linhagens de abelhas encontradas hoje.

"Nossa pesquisa sugere que um conjunto de genes permitiu que a abelha se adaptasse a um conjunto diverso de condições ambientais em sua área de distribuição nativa, regulando o comportamento do trabalhador e da cola´nia", disse o Ph.D. da York University. estudante Kathleen Dogantzis da Faculdade de Ciências, que liderou a pesquisa.

Essa adaptação também permitiu o desenvolvimento de cerca de 27 diferentes subespanãcies de abelhas.

"a‰ importante entender como as subespanãcies adaptadas localmente e a seleção emnívelde cola´nia em abelhas opera¡rias contribuem para a adequação e diversidade das cola´nias manejadas", disse Dogantzis.

O sequenciamento dessas abelhas também levou a  descoberta de duas linhagens distintas, uma no Egito e outra em Madagascar.

Os pesquisadores esperam que seu estudo finalmente resolva a questãode onde as abelhas mela­feras ocidentais vieram, para que futuras pesquisas possam explorar como elas se adaptaram a diferentes climas e áreas geogra¡ficas.

 

.
.

Leia mais a seguir