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Encontrando a receita para uma tigela de arroz global maior e mais verde
O estudo avaliou a produtividade e a eficiência do arroz no uso de a¡gua, fertilizantes, pesticidas e ma£o de obra em 32 sistemas de cultivo de arroz que representavam metade da área global colhida.
Por Universidade de Nebraska-Lincoln - 09/12/2021


Doma­nio paºblico

O arroz éo principal alimento ba¡sico para mais da metade da população global e, a  medida que a população cresce, espera-se que a demanda por arroz também cresa§a.

Mas aumentar a produção global de arroz não éuma perspectiva simples.

"A produção global de arroz édesafiado agora devido ao negativo impacto ambiental , escassez de água, escassez de trabalho e retardando o aumento de rendimento em muitas partes do mundo", disse Shen Yuan, um associado de pesquisa de pa³s-doutorado em Huazhong Agricultural University na China, que passou dois anos como um acadêmico visitante da Universidade de Nebraska-Lincoln.

O desafio éproduzir mais arroz nas áreas agra­colas existentes e, ao mesmo tempo, minimizar o impacto ambiental. Uma nova pesquisa liderada por Shaobing Peng, professor de agronomia na Huazhong Agricultural University, e Patricio Grassini, professor associado de agronomia em Nebraska e colider do Global Yield Gap Atlas, fornece uma análise de roteiros para a intensificação sustenta¡vel para um arroz global maior tigela. A pesquisa foi publicada em 9 de dezembro na Nature Communications.

"Comparar os sistemas de cultivo de arroz em todo o mundo em termos de produtividade e eficiência no uso de insumos aplicados pode ajudar a identificar oportunidades de melhoria", disse Grassini.

A avaliação global foi conduzida pela Huazhong Agricultural University e pela University of Nebraska osLincoln, em colaboração com a University of California, Davis e o Texas A&M's AgriLife Research Center nos Estados Unidos; o Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz; Africa Rice Center; Centro Indonanãsio para Pesquisa de Arroz e Instituto de Avaliação de Tecnologia Agra­cola na Indonanãsia; Universidade Federal de Santa Maria e EMBRAPA Arroz e Feija£o no Brasil; Instituto Nacional de Pesquisa Agropecua¡ria do Uruguai; e Instituto Indiano de Pesquisa de Sistemas de Agricultura e Instituto Indiano de Gerenciamento de agua na andia. O estudo avaliou a produtividade e a eficiência do arroz no uso de a¡gua, fertilizantes, pesticidas e ma£o de obra em 32 sistemas de cultivo de arroz que representavam metade da área global colhida.

"Este estudo éa avaliação global mais abrangente dos sistemas de produção para uma cultura ba¡sica importante que conhea§o, e estabelecera¡ o padrãopara uma comparação global futura de tais sistemas", disse Kenneth G. Cassman, professor emanãrito em Nebraska e um coautor do artigo.

A boa nota­cia, de acordo com o estudo, éque ainda hámuito espaço para aumentar a produção de arroz e reduzir o impacto ambiental negativo.

“Cerca de dois tera§os da área total de arroz inclua­da em nosso estudo tem rendimentos abaixo do rendimento que pode ser obtido com boas prática s agrona´micas”, disse Yuan. "Fechar a lacuna de rendimento existente requer melhor gerenciamento de nutrientes, pragas, solo e a¡gua, redução do risco de produção e programas de melhoramento que liberam cultivares de arroz com maior tolera¢ncia a pragas e doenças em evolução."

Outra descoberta importante do estudo éque a produção de alimentos e as metas ambientais não entram em conflito.

"Descobrimos que épossí­vel alcana§ar altos rendimentos com pequeno impacto ambiental por unidade de produção", disse Peng. "De fato, háespaço para muitos sistemas de arroz reduzirem substancialmente o impacto negativo enquanto mantem ou atéaumentam a produtividade do arroz ."

Produzir mais e minimizar a pegada ambiental éum enorme desafio, disse Grassini.

“Melhores prática s agrona´micas, complementadas com instituições e políticas adequadas, podem ajudar a tornar o cultivo de arroz mais amiga¡vel ao meio ambiente”, disse Grassini. "Nosso estudo marca um primeiro passo na identificação de sistemas com as maiores oportunidades para aumentar a produtividade das safras e a eficiência no uso de recursos, fornecendo um plano para orientar os programas de pesquisa e desenvolvimento agra­cola em escalas nacionais e globais."

 

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