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O maior animal voador de todos os tempos se comportou como uma gara§a gigante
Os pesquisadores descobriram que suas asas de 11 metros de comprimento significam que ele teria que pular até2,5 metros no ar, seguido por poderosos flaps para puxa¡-lo para o canãu.
Por James Ashworth - 23/12/2021


O Quetzalcoatlus northropi tinha uma envergadura de cerca de 11 metros, o que significava que precisava pular para decolar. Crédito: James Kuether

O maior animal voador de todos os tempos agia como uma gara§a gigante, arrancando a presa da águae se lana§ando no ar.

Quetzalcoatlus northropi foi um pterossauro que governou os canãus por milhões de anos, ao lado de um parente recanãm-descoberto.

Alguns dos segredos do maior animal que já ala§ou va´o foram revelados, agindo como uma gara§a no cha£o e um condor nos canãus.

Com a envergadura de um pequeno avia£o, Quetzalcoatlus northropi era um pterossauro que vivia nos pa¢ntanos do que hoje éo Texas, EUA, hámais de 67 milhões de anos. Os pesquisadores descobriram que suas asas de 11 metros de comprimento significam que ele teria que pular até2,5 metros no ar, seguido por poderosos flaps para puxa¡-lo para o canãu.

Os cientistas também descreveram um parente menor, Quetzalcoatlus lawsoni, pela primeira vez, que teria uma envergadura menor, do tamanho de um carro. Juntos, esses pterossauros teriam se alimentado de uma variedade de peixes e pequenas presas aqua¡ticas.

O coeditor de uma sanãrie de artigos publicados recentemente sobre os animais , o professor Brian Padian, diz: "Esses antigos ranãpteis voadores são lenda¡rios, embora a maior parte da concepção pública do animal seja arta­stica, não cienta­fica.

"Esta éa primeira visão real da totalidade do maior animal que já voou, pelo que sabemos. Os resultados são revoluciona¡rios para o estudo dos pterossauros - os primeiros animais, depois dos insetos, a desenvolver o voo motorizado."

Os artigos foram publicados juntos como um "livro de memórias" no Journal of Vertebrate Paleontology .

O tita£ texano

O maior pterossauro de todos os tempos, Quetzalcoatlus northropi, foi batizado em 1975 após a descoberta de centenas de ossos no Parque Nacional Big Bend. A espanãcie foi descrita a partir de grandes ossos da asa esquerda , mas muitos ossos menores também foram encontrados em outras áreas do parque em diferentes camadas de rocha.

Quando esses fa³sseis foram descobertos, era incerto se os ossos menores eram simplesmente o jovem Q. northropi ou eram de uma espanãcie aparentada diferente. No final, os cientistas decidiram que eles eram provavelmente uma nova espanãcie de Quetzalcoatlus, mas não realizaram nenhuma análise adicional para encontrar uma espanãcie exata.
 
Danãcadas depois, os cientistas finalmente analisaram esses ossos menores e descobriram que eles tem várias diferenças em relação ao Q. northropi maior. Isso incluimudanças na estrutura do cra¢nio e na coluna, sugerindo que duas outras espanãcies de pterossauros viviam lado a lado com o gigante.

A maioria dos achados são Quetzalcoatlus lawsoni, nomeado em homenagem a Douglas Lawson, o primeiro a descobrir os restos mortais. Ao contra¡rio de seu parente maior, esta espanãcie tinha uma envergadura de cerca de 4,5 metros de comprimento e foi encontrada em rochas datadas de cerca de 69 milhões de anos atrás.

Por volta do mesmo período, os pesquisadores também encontraram alguns ossos de uma terceira espanãcie de pterossauro chamado Wellnhopterus brevirostris, que tinha uma envergadura de três metros.

Existe o potencial para outras espanãcies serem encontradas no local, mas isso exigira¡ mais descobertas, pois os ossos não classificados atuais carecem dos detalhes necessa¡rios para determinar o que são.

O canãu éo limite

Ao classificar os diferentes ossos por espanãcie e investigar suas caracteri­sticas únicas, os pesquisadores também foram capazes de descobrir como as diferentes espanãcies de Quetzalcoatlus teriam se comportado.

Os pesquisadores primeiro se voltaram para o bico "parecido com um pauzinho" e descobriram que provavelmente era muito delicado para ter comido carne ou saa­do de carcaças. Em vez disso, eles sugerem que os animais provavelmente agiam como uma grande gara§a, arrancando peixes, invertebrados, pequenos anfa­bios e ranãpteis da águae engolindo-os inteiros.

Ao contra¡rio de alguns estudos anteriores que sugeriram que Quetzalcoatlus seria incapaz de voar, os pesquisadores descobriram que a espanãcie teria sido muito capaz usando um salto inicial. Os cientistas argumentam que o tamanho de suas asas o teria impedido de dar a partida, pois teriam atingido o solo.

"Se eles pudessem pular o dobro da altura do quadril, para 2,5 metros, as asas seriam capazes de limpar o solo e eles poderiam executar um golpe de va´o mais profundo", diz Brian. "Esta pode ser a melhor opção para a decolagem, embora dependa da força suficiente das pernas."

Uma vez no ar, Quetzalcoatlus teria disparado como condores e abutres modernos, com sugestaµes de que sua grande cabea§a pode taª-lo ajudado a completar curvas. Embora os desenhos hista³ricos tenham comparado os pterossauros aos morcegos, as asas teriam sido fixadas apenas nas patas dianteiras, como as de um pa¡ssaro.

Quando chegou a hora de pousar, ele teria agido como um avia£o, reduzindo a velocidade atéque estivesse prestes a cair do canãu antes de tocar o solo.

"O animal teve que bater as asas para parar e diminuir a velocidade de descida antes de pousar com as patas traseiras e dar um pequeno salto", explica Brian. "Em seguida, ele abaixa as patas dianteiras, assume uma postura de quatro patas, endireita-se e vai embora."

Essa postura de quatro patas viu Quetzalcoatlus andar de uma maneira diferente de qualquer animal vivo hoje. Embora os morcegos vampiros também usem suas asas para ajuda¡-los a avana§ar, a estrutura a³ssea do pterossauro teria evitado isso.

“Para evitar tropea§ar, o animal primeiro ergueu o braa§o esquerdo, depois avançou a perna esquerda em um passo completo e, em seguida, colocou a ma£o no cha£o”, explica Brian. "O processo foi então repetido com o membro direito. Parece um processo complicado para nós, mas o animal conseguia executar a marcha com rapidez e facilidade."

Essa sugestãoestãoligada a rastros fossilizados encontrados na Frana§a, que tem formatos muito estranhos para que qualquer quadraºpede terrestre os tenha feito.

Os pesquisadores agora esperam descobrir mais sobre o Quetzalcoatlus, como o formato das membranas das asas e como elas teriam afetado seu voo.

Enquanto os pterossauros governaram os canãus por milhões de anos, no final foi outro objeto voador que trouxe o seu tempo ao fim. Quando o meteoro que pa´s fim aos dinossauros atingiu o Manãxico há66 milhões de anos, também significou o fim para seus parentes voadores.

 

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