Os pesquisadores desenvolvem um manãtodo que da¡ a s enzimas a capacidade de catalisar novas reações naturais
As enzimas são a força motriz catalatica da biologia, ligando as molanãculas, separando-as e reconfigurando-as em processos vitais para tudo, desde a digestãoatéa respiraça£o.
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As enzimas são a força motriz catalatica da biologia, ligando as molanãculas, separando-as e reconfigurando-as em processos vitais para tudo, desde a digestãoatéa respiração. Sua disponibilidade, eficiência e especificidade hámuito os tornam populares para reações fora dos sistemas biola³gicos, incluindo aqueles envolvidos na preservação de alimentos, detergentes e diagnóstico de doena§as.
"As enzimas são catalisadores privilegiados da natureza", disse o professor assistente de química Yang Yang da UC Santa Barbara. "Eles podem catalisar reações com incravel seletividade." Os esforços nas últimas três décadas também resultaram no desenvolvimento de enzimas customizadas - enzimas evoluaram rapidamente para fins direcionados, para interagir com moléculas especaficas, resultando em um alto rendimento dos produtos desejados com seletividades sem paralelo.
No entanto, acrescentou Yang, as reações que as enzimas podem permitir são relativamente limitadas - um repertório um tanto pequeno por sua poderosa capacidade de fazer produtos com eficiência com custos mais baixos de material, energia e meio ambiente.
Para preencher essa lacuna e mesclar o melhor dos dois mundos - versatilidade e seletividade - Yang e sua equipe de pesquisa desenvolveram um manãtodo pelo qual certas enzimas podem ser induzidas a facilitar reações aºteis que nunca foram observadas anteriormente no mundo biola³gico, ampliando assim seu repertório e abrindo possibilidades para processos nunca antes conduzidos por enzimas.
"Se pudermos desenvolver essas atividades enzima¡ticas ditas novas a natureza, teremos biocatalisadores muito poderosos para as indaºstrias farmacaªutica e agroquímica", disse Yang, que escreveu com colegas da UC Santa Barbara e da Universidade de Pittsburgh um artigo publicado em a revista Science .
Química 3D
A estereoquímica (também conhecida como química 3D) éessencial para controlar a bioatividade de medicamentos de pequenas molanãculas. A maioria das biomacromolanãculas, incluindo DNAs e proteanas, são quirais, o que significa que tem estrutura assimanãtrica.
"a‰ como sua ma£o esquerda e sua ma£o direita: elas tem a mesma aparaªncia, mas não se sobrepaµem, o que significa que são quirais", explicou Yang. "Para interagir efetivamente com essas biomacromoléculas quirais, as drogas de moléculas pequenas devem ser projetadas com estereoquímica especafica. Muitas vezes, um enantia´mero de uma molanãcula de droga quiral émuito potente, enquanto o outro enantia´mero éineficaz ou mesmo venenoso."
A maneira mais eficiente de criar essas moléculas quirais valiosas ébaseada na cata¡lise assimanãtrica, disse ele, um processo em que um catalisador sob medida produz seletivamente um enantia´mero (molanãcula quiral não sobreposta) em vez de outro. Infelizmente, muitos desafios ainda existem no campo da cata¡lise assimanãtrica. Em particular, uma classe de reações amplamente utilizadas - a saber, reações radicais ou reações envolvendo intermediários de casca aberta - ainda não sucumbiram a cata¡lise assimanãtrica. Esse problema hámuito tempo ilude os químicos sintanãticos.
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"Os radicais orga¢nicos são intermediários de reação muito comuns e extremamente ativos na química sintanãtica", disse Yang. "No entanto, sabe-se que controlar a estereoquímica dessas reações émuito, muito difacil."
Existem dois problemas que surgem, ele explicou. Uma éque o radical, uma vez gerado, geralmente não interage fortemente com o catalisador.
"Portanto, não hácomo impor o estereocontrole sobre essas formações de vanculo mediadas por radicais", disse ele.
Em segundo lugar, muitas vezes há compensação de seletividade de atividade.
"Se vocêtem uma espanãcie altamente ativa, serárelativamente difacil controlar a seletividade das reações que envolvem esses intermediários. Portanto, geralmente háuma compensação", disse Yang.
A solução? Evolução direcionada - desenvolva a enzima para ser capaz de controlar o radical.
Seguindo a deixa da engenheira química do Caltech, vencedora do Praªmio Nobel de 2018, Frances Arnold, que foi consultora de pa³s-doutorado de Yang, a equipe conduziu rodadas iterativas de evolução e triagem de citocromos P450. A superfamilia das metaloenzimas éencontrada em todos os reinos da vida que contem heme - uma molanãcula que contanãm ferro - que éessencial para a cata¡lise.
"A evolução dirigida usa essas rodadas de mutação e triagem para otimizar as funções enzima¡ticas", explicou Yang. "Neste processo, criamos uma enorme biblioteca de variantes de enzimas por manipulação de DNA." Com uma biblioteca de DNA para reações-alvo, os pesquisadores podem expressar e rastrear suas proteanas mutantes para auxiliar na identificação de catalisadores enzima¡ticos promissores. A enzima melhorada torna-se então a ma£e na rodada subsequente de engenharia. Dessa forma, por meio de ciclos iterativos de mutação e triagem, a atividade enzima¡tica e a seletividade ideais são alcana§adas.
Usando este manãtodo, os pesquisadores foram capazes de redirecionar uma enzima para conduzir uma " reação biocatalatica não natural , ou seja, a ciclização radical de transferaªncia de a¡tomo estereosseletiva", combinando o poder da cata¡lise sintanãtica e o controle que a natureza oferece com a cata¡lise enzima¡tica.
Essa nova capacidade abre muitas possibilidades, incluindo uma variedade mais ampla de moléculas que podem ser acionadas por enzimas recanãm-desenvolvidas.
"O objetivo geral éaplicar os biocatalisadores que desenvolvemos a s indaºstrias farmacaªutica e agroquímica", disse Yang. "Eventualmente, com as novas ferramentas, seremos capazes de desenvolver medicamentos e herbicidas valiosos que sera£o aºteis para a nossa sociedade."