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Como as dietas a  base de plantas não apenas reduzem nossa pegada de carbono, mas também aumentam a captura de carbono
O lucro duplo de carbono de devolver as terras agra­colas ao seu estado natural equivaleria a cerca de 14 anos de emissaµes agra­colas, escrevem pesquisadores da Universidade de Leiden na Nature Food.
Por Universidade de Leiden - 10/01/2022


Crédito: Pixabay / CC0 Public Domain

Quase 100 bilhaµes de toneladas de CO 2 podem ser retiradas da atmosfera atéo final do século. Ou seja, se ospaíses de alta renda mudarem para uma dieta baseada em vegetais. O lucro duplo de carbono de devolver as terras agra­colas ao seu estado natural equivaleria a cerca de 14 anos de emissaµes agra­colas, escrevem pesquisadores da Universidade de Leiden na Nature Food.

A área necessa¡ria para os animais pastarem e cultivarem ração éenorme. Ocupa cerca de 80% de todas as terras agra­colas , ou cerca de 35% do total de terras habita¡veis ​​do mundo. Uma equipe de pesquisa internacional, liderada por cientistas da Universidade de Leiden, calculou que, se as nações de alta renda se afastassem dos produtos animais , muito menos terra seria necessa¡ria para cultivar alimentos. Vastas áreas poderiam então voltar ao seu estado natural, com plantas e a¡rvores selvagens extraindo carbono da atmosfera.

"Talvez seja uma das maiores oportunidades de saúde ambiental", disse o principal autor Zhongxiao Sun, da Universidade Agra­cola da China. “Uma rápida mudança para essas dietas pode realmente ajudar a sociedade a permanecer dentro dos limites ambientais”.

Nenhuma desculpa para nações de alta renda

A equipe internacional investigou quanta terra poderia ser economizada por 54 nações de alta renda que migrassem para a 'dieta planeta¡ria' EAT-Lancet, uma dieta rica em alimentos a  base de plantas que éboa para a saúde humana .

"Analisamos regiaµes de alta renda porque elas tem muitas opções a  base de plantas para protea­nas e outras necessidades nutricionais. Em regiaµes de baixa renda, as pessoas consomem menos protea­nas animais, mas muitas vezes dependem delas para sua saúde", disse Paul Behrens, da Universidade de Leiden. autor saªnior da pesquisa.

Os pesquisadores descobriram que a mudança para dietas baseadas em vegetais reduziria as emissaµes anuais da produção agra­cola em 61%. Além disso, a conversão de antigas terras agra­colas e pastagens ao seu estado natural removeria outros 98,3 bilhaµes de toneladas de dia³xido de carbono da atmosfera atéo final do século. Esse lucro de carbono ajudaria significativamente a evitar que o planeta aquea§a mais de 1,5 graus Celsius.

Carbono éapenas o começo

"a‰ uma oportunidade nota¡vel para a mitigação do clima", disse Behrens. “Mas também traria enormes benefa­cios para a qualidade da água, biodiversidade, poluição do ar e acesso a  natureza, para citar apenas alguns. abriria vastas extensaµes de terra para reflorestamento perto de onde as pessoas vivem."

“Sera¡ vital que redirecionemos os subsa­dios agra­colas aos agricultores para proteção da biodiversidade e sequestro de carbono. Devemos cuidar das comunidades agra­colas para permitir isso em uma transição alimentar justa ”, disse Behrens. "Nãoprecisamos ser puristas sobre isso, atémesmo cortar a ingestãode animais seria útil. Imagine se metade do paºblico em regiaµes mais ricas cortasse metade dos produtos de origem animal em suas dietas, vocêainda estaria falando de uma enorme oportunidade em resultados e saúde pública".

O artigo publicado pode ser encontrado na Nature Food .

 

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