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Eclipse solar no Polo Norte excitou auroras do outro lado do mundo
O novo trabalho pode ajudar os cientistas a prevermudanças no ambiente pra³ximo a  Terra que podem interferir na comunicaça£o por satanãlite.
Por União Geofísica Americana - 12/01/2022


Energia epartículas do sol interagem com gases na atmosfera para criar impressionantes espeta¡culos de luz chamados auroras, como esta insta¢ncia das Luzes do Sul vistas da Estação Espacial Internacional em 2012. Crédito: ESA/NASA–CC BY-SA IGO 3.0

Um eclipse solar sobre o artico crioumudanças nas auroras em ambos os hemisfanãrios da Terra devido a conexões atravanãs do campo magnético do planeta, de acordo com um novo estudo. O novo trabalho pode ajudar os cientistas a prevermudanças no ambiente pra³ximo a  Terra que podem interferir na comunicação por satanãlite.

Em 10 de junho de 2021, a sombra da lua escureceu grande parte da regia£o polar norte da Terra, proporcionando aos cientistas uma oportunidade sem precedentes de explorar os impactos que os eventos naturais tem no geoEspaço da Terra, milhares de quila´metros acima da Terra.

O eclipse afetou as auroras nos hemisfanãrios norte e sul , de acordo com o novo estudo, publicado na revista Geophysical Research Letters da AGU , que publica relatórios de alto impacto e formato curto com implicações imediatas abrangendo todas as ciências da Terra e do Espaço.

As auroras são os shows de luzes cintilantes no canãu que se acendem quando as tempestades solares disparam energia epartículas que interagem com gases na atmosfera. Algumas dessaspartículas viajam ao longo das linhas do campo magnético da Terra atéos polos, criando as luzes do norte no Hemisfanãrio Norte e as luzes do sul no Sul.

"Excitantemente, descobrimos que a aurora e a atmosfera superior foram perturbadas no Hemisfanãrio Sul, onde o eclipse não cobriu", disse Dang. "Isso ocorre porque a atmosfera superior nos dois hemisfanãrios estãoconectada atravanãs das linhas do campo magnético e da magnetosfera."

A nova pesquisa representa a primeira vez que os cientistas mostraram como um eclipse afeta o acoplamento entre a ionosfera osas regiaµes onde a energia do sol ioniza a atmosfera e onde ocorrem as auroras ose a magnetosfera, a bolha ao redor da Terra criada pelo campo magnético da Terra.

Dang e seus colegas descobriram que o eclipse não apenas alterou a atmosfera local sob a sombra da lua, mas também causou a formação de ananãis ao redor dos pa³los nas correntes na ionosfera e mudou a atividade das auroras em ambos os hemisfanãrios. Os ananãis são o resultado de distúrbios na densidade eletra´nica na atmosfera criada porpartículas carregadas da aurora.

A nova pesquisa melhora a compreensão dos cientistas sobre o ambiente geoespacial e pode ajudar os pesquisadores a prever os efeitos de futuros eclipses. Este novo estudo também ilustra o impacto considera¡vel do eclipse solar na ionosfera, que pode absorver, dobrar e refletir os sinais de ra¡dio usados ​​pelos satanãlites do Sistema de Posicionamento Global (GPS), potencialmente criando distúrbios na comunicação e navegação.
 
Tocando a ionosfera

GeoEspaço éa regia£o ao redor da Terra que cobre a atmosfera superior atéas bordas do campo magnético da Terra. Inclui a ionosfera, que compreende regiaµes da atmosfera superior com um grande número de a­ons e elanãtrons eletricamente carregados. Essaspartículas carregadas ocorrem quando a energia do sol expulsa elanãtrons das moléculas de gás na atmosfera e, assim, seus números aumentam durante o dia e caem a  noite.

Dang e seus colaboradores desenvolveram um modelo que combina a atmosfera superior, a magnetosfera e as correntes elanãtricas que fluem neste sistema e o usaram para entender como o eclipse solar de junho afetou o geoEspaço da Terra.

O sistema atual na ionosfera écomplicado, então os pesquisadores se concentraram especificamente nas correntes que fluem entre a magnetosfera e a ionosfera ao longo das linhas do campo magnanãtico. Essas linhas saem do Polo Sul, contornam o planeta atéo Polo Norte e descem atravanãs de seu eixo.

Eles ficaram surpresos que o eclipse causou uma atividade auroral ainda mais forte no Hemisfanãrio Sul não obscurecido do que no Hemisfanãrio Norte. Essasmudanças nas auroras poderiam ser vistas por observadores.

“Esta éuma pesquisa única e interessante que modelou os impactos globais do eclipse solar”, disse Toshi Nishimura, fa­sico espacial da Universidade de Boston que não esteve envolvido na pesquisa. "Normalmente, as pessoas não pensam na conexão entre o eclipse solar e a aurora porque o eclipse éum fena´meno diurno e a aurora éum fena´meno noturno em altas latitudes. Mas um eclipse a s vezes pode ocorrer em altas latitudes e esta pesquisa demonstrou seu impacto na aurora ."

 

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