Novas pesquisas sugerem maneiras de otimizar o desenho da polatica climática dos EUA para uma transia§a£o energanãtica justa.
Um novo estudo do Programa Conjunto do MIT mostra como as políticas climáticas dos EUA podem ser projetadas para reduzir as emissaµes de carbono sem causar danos econa´micos a s famalias de baixa renda e a nação como um todo. Créditos: Imagem: Amanda Griffiths/Climate XChange
Em novembro, a inflação atingiu a máxima de 39 anos nos Estados Unidos. O andice de prea§os ao consumidor aumentou 6,8% em relação ao ano anterior devido a grandes aumentos no custo de aluguel, alimentação, veaculos motorizados, gasolina e outras despesas domésticas comuns. Embora a inflação afete todo opaís, seus efeitos não são sentidos igualmente. Em maior risco estãoos americanos de baixa e média renda, que podem não ter reservas financeiras suficientes para absorver esses choques econa´micos.
Enquanto isso, cientistas, economistas e ativistas de todo o espectro polatico continuam defendendo outra possível mudança econa´mica sistemica que muitos temem que também coloque os americanos de baixa renda em risco: a imposição de um prea§o, taxa ou imposto nacional de carbono. Enquadrada pelos proponentes como a maneira mais eficiente e econa´mica de reduzir as emissaµes de gases de efeito estufa e atingir as metas climáticas, uma penalidade de carbono incentivaria produtores e consumidores a desviar os gastos de produtos e servia§os com uso intensivo de carbono (por exemplo, carva£o ou gás natural gerado eletricidade) e para alternativas de baixo carbono (por exemplo, eletricidade 100% renova¡vel). Mas se não for implementada de uma forma que leve em conta as diferenças de renda das famalias, essa estratanãgia polatica, como a inflação,    Â
Para angariar o apoio dos formuladores de políticas, os proponentes das penalidades de carbono tem defendido políticas que reciclem as receitas das penalidades de carbono para todos ou contribuintes de baixa renda na forma de reduções de impostos sobre a folha de pagamento ou pagamentos de quantias únicas. E, no entanto, algumas dessas políticas propostas correm o risco de reduzir a eficiência geral da economia dos EUA, o que reduziria o PIB dopaís e impediria seu crescimento econa´mico.
O que levanta a questão: existe um ponto ideal em que uma polatica nacional de reciclagem de receita com penalidade de carbono possa evitar infligir danos econa´micos a americanos de baixa renda noníveldomanãstico e degradar a eficiência econa´mica nonívelnacional?
Em busca desse ponto ideal, pesquisadores do Programa Conjunto do MIT sobre Ciência e Polatica de Mudança Global avaliam os impactos econa´micos de quatro políticas diferentes de reciclagem de receitas com penalidades de carbono: descontos diretos de receitas para famalias por meio de transferaªncias de montante fixo; restituição indireta de receitas a s famalias por meio de redução proporcional dos impostos sobre a folha de pagamento; descontos diretos das receitas para as famalias, mas apenas para os grupos de baixa e média renda, com as receitas remanescentes recicladas por meio de uma redução proporcional nos impostos sobre a folha de pagamento; e descontos diretos mais altos para famalias pobres, com as receitas remanescentes recicladas por meio de uma redução proporcional nos impostos sobre a folha de pagamento.
Para realizar a avaliação, os pesquisadores do Programa Conjunto integram um modelo econa´mico dos EUA (MIT US Regional Energy Policy) com um conjunto de dados (Bureau of Labor Statistics' Consumer Expenditure Survey) fornecendo padraµes de consumo e outras caracteristicas socioecona´micas para 15.000 famalias americanas. Usando o modelo combinado, eles avaliam os impactos distributivos e os possaveis trade-offs entre equidade econa´mica e eficiência de todas as quatro políticas de reciclagem de receitas com penalidades de carbono.
Os pesquisadores descobriram que os descontos para as famalias tem impactos progressivos no bem-estar financeiro dos consumidores, com os maiores benefacios indo para as famalias de menor renda, enquanto as políticas centradas na melhoria da eficiência da economia (por exemplo, reduções de impostos sobre a folha de pagamento) tem um impacto ligeiramente regressivo nas famalias. impactos financeiros de alto navel. Em poucas palavras, o trade-off éentre descontos que fornecem mais equidade e menos eficiência econa´mica versus cortes de impostos que produzem o resultado oposto. As duas últimas opções de polatica, que combinam descontos para famalias de baixa renda com reduções de impostos sobre a folha de pagamento, resultam em uma combinação ideal de resultados financeiros suficientemente progressivos noníveldas famalias e eficiência da economia nonívelnacional. Os resultados do estudo foram publicados na revista Energy Economics.
“Determinamos que apenas uma parte das receitas do imposto de carbono énecessa¡ria para compensar as famalias de baixa renda e, assim, reduzir a desigualdade, enquanto o restante pode ser usado para melhorar a economia, reduzindo a folha de pagamento ou outros impostos distorcidosâ€, diz Xaquin Garcaa-Muros , principal autor do estudo, pa³s-doutorando no Programa Conjunto do MIT, afiliado ao Centro Basco de Mudanças Clima¡ticas na Espanha. “Portanto, podemos eliminar potenciais trade-offs entre eficiência e equidade e promover uma transição energanãtica justa e eficiente.â€
“Se as políticas climáticas aumentarem a distância entre famalias ricas e pobres ou reduzirem a acessibilidade dos servia§os de energia, essas políticas podera£o ser rejeitadas pelo paºblico e, como resultado, as tentativas de descarbonizar a economia sera£o menos eficientesâ€, diz o deputado do Programa Conjunto Diretor Sergey Paltsev , coautor do estudo. “Nossas descobertas fornecem orientação aos tomadores de decisão para promover políticas mais bem projetadas que tragam benefacios econa´micos para a nação como um todo.â€Â
A nova integração do estudo de um modelo econa´mico nacional com microdados domanãsticos cria uma plataforma nova e poderosa para investigar as principais diferenças entre as famalias que podem ajudar a informar políticas destinadas a uma transição justa para uma economia de baixo carbono.