Sistemas oceânicos sauda¡veis ​​contem produtores prima¡rios sauda¡veis , como as diatoma¡ceas de algas unicelulares e cocolita³foros, que sustentam todas as outras formas de vida nos oceanos atravanãs das teias alimentares marinhas.
Fig. 1. Reconstrução paleogeogra¡fica do Plioceno Inferior (4,5 Ma) mostrando os locais de perfuração em alto mar (ODP e IODP) discutidos neste estudo. No total, 25 registros de paleoprodutividade de 18 locais (principalmente de baixa latitude) foram compilados (sambolos fechados). Outros satios de a¡guas profundas (sambolos abertos) e registros terrestres da China Central (praças) foram avaliados, mas não incluados nas compilações de dados finais. As regiaµes de ressurgência modernas (perenes e equatoriais) são indicadas como tons de laranja. EAM: Monção do Leste Asia¡tico (área sombreada em verde). PF: Frente Polar (Oceano do Sul; linha tracejada). Mapa gerado em www.odsn.de (pa¡gina web consultada em 2020). Crédito: DOI: 10.1038/s41467-021-27784-6
Ao perfurar profundamente os sedimentos no fundo do oceano, os pesquisadores podem viajar no tempo. Uma equipe de pesquisa liderada pela Universidade de Uppsala agora apresenta novas pistas sobre quando e por que um período frequentemente chamado de “floração biogaªnica†chegou ao fim abrupto. Mudanças na forma da a³rbita da Terra ao redor do Sol podem ter desempenhado um papel na mudança drama¡tica.
Sistemas oceânicos sauda¡veis ​​contem produtores prima¡rios sauda¡veis , como as diatoma¡ceas de algas unicelulares e cocolita³foros, que sustentam todas as outras formas de vida nos oceanos atravanãs das teias alimentares marinhas. Os produtores prima¡rios também liberam oxigaªnio e regulam o clima absorvendo CO 2 e ligando carbono em componentes sãolidos que são enterrados em sedimentos do fundo do mar, o que éuma solução eficaz de longo prazo para a remoção de carbono da atmosfera.
A maioria dessas algas usa luz solar, CO 2 e nutrientes inorga¢nicos para construir sua massa corporal. No entanto, esses nutrientes são rapidamente esgotados nas a¡guas superficiais iluminadas pelo sol , se não forem reabastecidos pela mistura ocea¢nica ou renovados pelo abastecimento dos rios.
Ao longo da história da Terra, os paleoceana³grafos reconstroem asmudanças na produtividade prima¡ria observando os restos de algas enterrados nos sedimentos do fundo do oceano. Embora apenas uma pequena fração da produção de águadesuperfÍcie seja registrada em sedimentos marinhos, em escalas de tempo geola³gicas,mudanças na acumulação de sedimentos biogaªnicos (incluindo as escamas calca¡rias de cocolita³foros e conchas siliciosas de diatoma¡ceas) estãoligadas amudanças passadas na produtividade ocea¢nica.
a‰ importante entender quais fatores influenciam a produtividade dos oceanos em escala global, mas também quanto rápido ou lento esse sistema complexo pode responder a smudanças ambientais.
Por muitas décadas, os geocientistas souberam de um longo período de tempo em que a produtividade dos oceanos era muito maior do que hoje. Isso ocorreu durante o final do Mioceno ao inicio do Plioceno (de 9 a 3,5 milhões de anos atrás) e o período éfrequentemente chamado de 'floração biogaªnica'. No entanto, atéhoje, os cientistas ainda não entendem completamente as razões pelas quais a produtividade foi muito maior no passado, ou por que esse período chegou ao fim.
Um grupo de cientistas colaborando com Boris-Theofanis Karatsolis, Ph.D. estudante da Universidade de Uppsala, combinou vários testemunhos de perfuração de sedimentos do fundo do mar de todos os principais oceanos para investigar o que causou o fim da alta produtividade ocea¢nica. Usando a perfuração cientafica ocea¢nica, épossível operar em a¡guas de até4 quila´metros e ainda perfurar 1 quila´metro nos sedimentos, recuperando milhões de anos de história ocea¢nica .
Os sedimentos estudados por Karatsolis e colegas foram recuperados de 200 a 350 metros abaixo do fundo do mar na plataforma noroeste da Austra¡lia. Os pesquisadores mediram as taxas de acumulação departículas biogaªnicas e combinaram seus dados com os coletados anteriormente usando manãtodos semelhantes em 16 locais adicionais. A precisão das idades de cada conjunto de dados foi primeiro avaliada criticamente, para garantir comparações confia¡veis ​​entre as diferentes regiaµes.
Seus resultados mostram que a produtividade diminuiu abruptamente há4,6 milhões de anos nos tra³picos. Uma possível explicação para essa rápida diminuição pode envolver a redução da intensidade das monções do leste asia¡tico e a diminuição do suprimento de nutrientes ribeirinhos, coincidindo com asmudanças na forma da a³rbita da Terra ao redor do Sol.
O estudo adiciona novas pea§as ao quebra-cabea§a maior, mas os mecanismos por trás desse evento precisara£o de mais estudos.
"Compreender o ritmo natural dos eventos passados ​​fornece uma boa medida comparativa para asmudanças que observamos em nosso ambiente hoje", diz Boris-Theofanis Karatsolis.