O novo manãtodo pode eventualmente ajudar no tratamento não apenas do HPV, mas de outros varus, bem como de doenças não virais que atualmente são consideradas
Micrografia eletra´nica de um varus do papiloma humano (HPV) corado negativamente
que ocorre em verrugas humanas. Crédito: domanio paºblico
O papilomavarus humano (HPV) éa principal causa de vários tipos de ca¢ncer, incluindo o câncer do colo do aºtero, que mata quase 300.000 mulheres em todo o mundo a cada ano. Embora as vacinas oferea§am uma primeira linha de defesa comprovada contra a infecção pelo HPV, os pesquisadores continuam procurando opções adicionais para se proteger contra o varus.
Em um novo estudo publicado hoje no Proceedings da Academia Nacional de Ciências , os pesquisadores do Yale Cancer Center (YCC) demonstraram, em princapio, uma nova abordagem biológica que pode parar a infecção pelo HPV . Esse manãtodo pode eventualmente ajudar no tratamento não apenas do HPV, mas de outros varus, bem como de doenças não virais que atualmente são consideradas "insuporta¡veis", disseram os pesquisadores.
"Mostramos que peptadeos muito curtos [fragmentos de uma proteana] podem impedir o varus HPV de infectar células", disse o autor saªnior Daniel DiMaio, MD, Ph.D., vice-diretor da YCC, Waldemar Von Zedtwitz Professor de Genanãtica, e professor de biofasica molecular e bioquímica e de radiologia terapaªutica. "Esta pesquisa confirma nosso modelo de como o HPV infecta células. Tambanãm mostra que o tra¡fico intracelular de um varus pode ser o alvo de uma nova abordagem antiviral".
O HPV étransportado para a canãlula por um saco ligado a membrana chamado endossoma. Uma proteana HPV conhecida como L2 contanãm um segmento conhecido como "peptadeo que penetra nas células" que adere a membrana do endossomo no interior da canãlula. La¡, uma sequaªncia de L2 ao lado do peptadeo que penetra nas células se liga a uma proteana celular chamada reta´mero. O Retromer entrega então o varus a um mecanismo de transporte celular conhecido como caminho retra³grado que despeja o varus no núcleo, onde ele pode comea§ar a fazer ca³pias de si mesmo.
Pesquisas anteriores do laboratório de DiMaio descobriram que o mecanismo principal do peptadeo que penetra nas células ésurpreendentemente curto. Os peptadeos são compostos de aminoa¡cidos e foi necessa¡ria uma sequaªncia de apenas seis aminoa¡cidos para que o peptadeo penetrasse nas membranas celulares, enquanto uma sequaªncia de apenas três aminoa¡cidos foi necessa¡ria para se ligar a proteana do reta´mero.
"Percebemos que podaamos sintetizar um peptadeo curto que deveria ser suficiente para atravessar a membrana celular, ligar o reta´mero e bloquear a infecção, por isso decidimos testar isso", disse DiMaio. "O primeiro peptadeo que tentamos funcionou".
Quando os investigadores adicionaram os peptadeos penetrantes nas células sintetizadas a um meio de cultura das células humanas, eles viram que os peptadeos entraram no citoplasma e se ligaram ao reta´mero. Quando os cientistas infectaram as células com o HPV, o varus não pa´de mais se ligar ao reta´mero e deixar o endossomo porque o reta´mero estava preso pelo peptadeo e a infecção foi bloqueada.
Os pesquisadores de Yale demonstraram que essa inibição de peptadeo persiste mesmo após a remoção dos peptadeos. "Na verdade, não sabemos por quanto tempo o peptadeo estãoativo, mas o efeito pode ser irreversavel", acrescentou DiMaio. "Tambanãm parece que o varus desaparece da canãlula. A canãlula tem uma maneira de perceber que a infecção não estãoocorrendo normalmente, então se livra do varus".
Em experimentos de acompanhamento conduzidos com colegas da Universidade de Wisconsin, os cientistas mostraram que esse peptadeo penetrante nas células também inibia a infecção pelo HPV em camundongos. Esta pesquisa ba¡sica pode apontar para novos tipos de tratamentos anti-HPV, que são necessa¡rios, disse DiMaio.
Embora as vacinas sempre sejam a melhor base para prevenir infecções por HPV, disse DiMaio, "a grande maioria das pessoas no mundo não évacinada, especialmente nospaíses em desenvolvimento, onde a maioria dos casos de câncer do colo do aºtero ocorre". Além disso, as vacinas atuais não se protegem contra todas as cepas de HPV, disse ele.