Aplicaçaµes feitas com o aparelho Vacum Laser amenizaram dores musculares e o desconforto causado pelos tremores provocados pela doena§a
Segundo o pesquisador, não se trata da cura para a doena§a, mas um tratamento complementar que trouxe conforto e bem-estar ao indivaduo osFoto: RadioAlfa/Flickr CC
Pesquisadores do Instituto de Fasica de Sa£o Carlos (IFSC) da USP desenvolveram uma nova técnica para tratamento de pacientes com Parkinson. O novo protocolo, que combina laser e pressão negativa, permitiu trazer de volta mais qualidade de vida aos parkinsonianos, amenizando as dores musculares e o desconforto causado pelos tremores provocados pela doença neurola³gica.
Um dos pesquisadores envolvidos no projeto éo pa³s-graduando Anta´nio Aquino, orientando do professor Vanderlei Bagnato, do IFSC. A aplicação éfeita por meio do Vacum Laser, um aparelho desenvolvido hátrês anos pelo Grupo de a“ptica, do IFSC, e que atéentão era utilizado, principalmente, para procedimentos estanãticos.
Mais recentemente, o Vacum Laser foi testado experimentalmente pelos pesquisadores para reabilitação física, explica Aquino. O aparelho combina em uma única plataforma o va¡cuo (sucção) por ventosas que provocam pressão negativa no local em que estãosendo aplicado e o laser de forma concomitante centralizado na ventosa.
A doença de Parkinson édegenerativa e progressiva, e atualmente não existe cura. Os cuidados médicos tem sido na linha paliativa dos sintomas que surgem no decorrer do tempo: tremores involuntários, lentida£o dos movimentos, passos arrastados, rigidez e atrofia muscular. No dia a dia, aos poucos, as pessoas va£o deixando de ter autonomia. Sentem muitas dores e deixam de realizar movimentos ba¡sicos como caminhar e levantar de uma cadeira, além de dificuldades em falar e ingerir alimentos.
Segundo o pesquisador, que étambém coordenador da Unidade de Terapia Fotodina¢mica do IFSC, não se trata da cura para a doena§a, mas um tratamento complementar que trouxe conforto e bem-estar aos pacientes.Â
Para chegar aos resultados, os pesquisadores acompanharam três grupos de parkinsonianos. O primeiro recebeu aplicações somente de laser; o segundo, aplicações de pressão negativa com ventosa; e o terceiro, as duas terapias associadas. Os pacientes do terceiro grupo obtiveram melhores resultados em seu estado de saúde.Â
As pessoas que foram tratadas com as aplicações combinando as duas terapias (laser e pressão negativa) tiveram redução acentuada das dores provocadas pele rigidez muscular e diminuição dos tremores involuntários.
“Apa³s algumas sessaµes feitas por um profissional de fisioterapia, muitos deles resgataram a autonomia e voltaram a realizar atividades cotidianas e a se alimentar sem dificuldadeâ€, relata Aquino.
Foto: Arquivo pessoal do Pesquisador
Em setembro, os pesquisadores comea§ara£o a fazer novas fases de testes com
um número maior de pessoas, mas o protocolo já estãoliberado para uso.
O “laser écapaz de promover tanto a analgesia quanto ação anti-inflamata³ria, beneficiando o paciente que já estãosob ação da pressão negativa, o que proporciona relaxamento por meio da sucção do maºsculo, de modo a realizar uma massagem sem que seja necessa¡rio pressionar a musculatura que já estãoem contanuo estresseâ€, explica o pesquisador.
Aquino lembra que o tratamento deve ser associativo, ou seja, o paciente deve continuar com o acompanhamento convencional com o neurologista, a especialidade médica indicada para fazer o diagnóstico, e trazr uma conduta de tratamento para a doena§a. O novo protocolo de tratamento foi desenvolvido por pesquisadores do IFSC em parceria com o Centro Universita¡rio Central Paulista (Unicep) e a Univesidade Martin Luther-Halle (Alemanha). Artigo sobre o tema saiu publicado na revista Journal of Alzheimers Disease & Parkinsonism Can the Associated Use of Negative Pressure and Laser Therapy Be A New and Efficient Treatment for Parkinson’s Pain? A Comparative Study.