Saúde

O estudo encontra evidaªncias de imunidade duradoura após infecção leve ou assintoma¡tica por COVID-19
O estudo, publicado hoje na Science Immunology , analisou as respostas de anticorpos e células T em 136 profissionais de saúde de Londres que tiveram infeca§a£o COVID-19 leve ou assintoma¡tica desde mara§o de 2020.
Por Queen Mary - 27/12/2020


Pixabay

Uma nova pesquisa envolvendo cientistas da Queen Mary University of London encontrou evidaªncias de imunidade protetora em pessoas atéquatro meses após COVID-19 leve ou assintoma¡tico.

O estudo, publicado hoje na Science Immunology , analisou as respostas de anticorpos e células T em 136 profissionais de saúde de Londres que tiveram infecção COVID-19 leve ou assintoma¡tica desde mara§o de 2020.

A equipe, incluindo pesquisadores do Queen Mary, Imperial College London e University College London, descobriu que 89 por cento dos profissionais de saúde analisados ​​carregavam anticorpos neutralizantes 16-18 semanas após a infecção.

Os pesquisadores descobriram que a maioria também tinha células T capazes de reconhecer várias partes diferentes do va­rus, no entanto, as duas respostas nem sempre persistiram em harmonia, com alguns indivíduos apresentando imunidade a s células T, mas nenhuma evidência de anticorpos, e vice-versa.

O Sr. Joseph Gibbons, um assistente de pesquisa de pa³s-doutorado no Queen Mary, disse: "Nosso estudo da infecção por SARS-CoV-2 em profissionais de saúde de hospitais de Londres revela que quatro meses após a infecção, cerca de 90 por cento dos indivíduos tem anticorpos que bloqueiam o va­rus. mais encorajadoramente, em 66 por cento dos profissionais de saúde, vemos que os na­veis desses anticorpos protetores são altos e que essa resposta robusta de anticorpos écomplementada por células T que vemos reagindo a várias partes do va­rus. "

"Nosso estudo em casos assintoma¡ticos e leves oferece uma visão positiva sobre a durabilidade da imunidade ao SARS-CoV-2 após quatro meses de infecção. Um número nota¡vel de cerca de 90 por cento dos indivíduos tem uma força conjunta de anticorpos fortes que impedem a entrada do va­rus, juntamente com as respostas das células T a várias partes do va­rus para interferir em sua sobrevivaªncia. Este éum achado importante, pois leve ou mesmo nenhum sintoma de COVID-19 émuito comum e representativo da maioria das infecções na comunidade. Essas respostas imunes abundantes também da£o esperana§a para a eficácia duradoura das vacinas. "

Dra. Corinna Pade

"Esta éuma boa nota­cia. Significa que se vocêfoi infectado, háuma boa chance de ter desenvolvido anticorpos e células T que podem fornecer alguma proteção se vocêencontrar o va­rus novamente."

Respostas imunola³gicas incompata­veis

Desde o ini­cio da pandemia, cientistas de todo o mundo tem trabalhado para entender como nosso sistema imunológico nos protege contra a SARS-CoV-2 e por quanto tempo essa proteção dura.

Muito desse debate em torno da imunidade protetora tem se concentrado nos diferentes papanãis das células B, que produzem anticorpos, e das células T, células brancas do sangue que atuam de várias maneiras diferentes para ajudar na proteção contra va­rus, incluindo morte direta.

Neste estudo, os pesquisadores mostram que, embora as respostas de anticorpos protetores sejam geralmente complementadas por uma resposta de células T, mais da metade dos profissionais de saúde tiveram respostas de anticorpos e células T incompata­veis e não produziram uma resposta de células T especa­fica para protea­nas encontradas no exterior camada do va­rus SARS-CoV-2.
 
Eles também descobriram que as respostas das células T tendiam a ser maiores naqueles com os sintomas definidores cla¡ssicos de COVID-19, enquanto a infecção assintoma¡tica resultou em uma imunidade das células T mais fraca do que a infecção sintoma¡tica, mas respostas de anticorpos neutralizantes equivalentes.

Provas tranquilizadoras

Compreender como essa cuidadosa coreografia de respostas imunes funciona em pessoas com infecção leve ou assintoma¡tica éparticularmente importante, pois eles representam o maior grupo infectado.

O novo estudo também oferece garantias para os esforços de vacinação, sugerindo que mesmo após uma infecção leve, os indivíduos carregam imunidade de anticorpos e células T para muitas partes do va­rus, conhecidas como epa­topos. Embora novas variantes estejam aparecendo, asmudanças no va­rus não ocorrem necessariamente dentro desses epa­topos, portanto, espera-se que a grande maioria do reconhecimento imunológico possa continuar imperturba¡vel.

A Dra. Corinna Pade, uma pa³s-doutoranda em pesquisa cienta­fica do Queen Mary, disse: "Nosso estudo em casos assintoma¡ticos e leves oferece uma visão positiva sobre a durabilidade da imunidade ao SARS-CoV-2 após quatro meses de infecção. Um número nota¡vel de cerca de 90 por cento dos indivíduos tem uma força conjunta de anticorpos fortes que impedem a entrada do va­rus, juntamente com as respostas das células T a várias partes do va­rus para interferir em sua sobrevivaªncia. Este éum achado importante, pois leve ou mesmo nenhum sintoma de COVID-19 émuito comum e representativo da maioria das infecções na comunidade. Essas respostas imunes abundantes também da£o esperana§a para a eficácia duradoura das vacinas. "

aine McKnight, Professora de Patologia Viral no Blizard Institute em Queen Mary, acrescentou: "Finalmente, aqui estãoa evidência de anticorpos duradouros e imunidade de células T ao SARS-CoV-2 que muitos estavam esperando. Queen Mary desempenhou um papel aºnico papel na viabilização deste estudo em um momento em que muitos laboratórios estavam fechando no ini­cio da pandemia. Nosso laboratório permaneceu ativo e fez observações cienta­ficas fundamentais que contribua­ram para este artigo. Continuamos a apoiar o esfora§o cienta­fico contra COVID-19 trabalhando com outros Universidades de Londres, NHS Health Trusts e Public Health England para ajudar a controlar a pandemia. "

 

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