Saúde

Sem limites para os benefa­cios do exerca­cio na redução do risco de doenças cardiovasculares
Um novo estudo de Oxford com mais de 90.000 participantes mostra que não hálimite ma¡ximo para os benefa­cios do exerca­cio na redua§a£o do risco de doenças cardiovasculares - 'cada movimento conta para uma melhor saúde cardiovascular.'
Por Oxford - 20/01/2021


Um novo estudo conduzido pela Universidade de Oxford com mais de 90.000 participantes mostra que não hálimite superior para os benefa­cios do exerca­cio na redução do risco de doenças cardiovasculares. Crédito da imagem: Shutterstock

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo, ceifando cerca de 17,9 milhões de vidas a cada ano. Atéagora, era difa­cil quantificar o efeito protetor da atividade física, uma vez que estudos anteriores normalmente mediam isso por meio de questiona¡rios. Esses manãtodos são rudes, sujeitos a uma memória insuficiente e não podem registrar com precisão todas as atividades que ocorrem ao longo do dia. Isso tornou difa­cil avaliar se o aumento da atividade física sempre traz um benefa­cio adicional na redução do risco de doenças cardiovasculares, ou se háum limite superior para melhorias na saúde cardiovascular devido ao exerca­cio.

Um novo estudo de coorte grande liderado pela Universidade de Oxford resolveu isso usando acelera´metros (dispositivos usados ​​no pulso) para registrar com precisão a atividade de mais de 90.000 participantes acompanhados durante cinco anos. Isso descobriu que a atividade física não estãoapenas associada a um menor risco de desenvolver doenças cardiovasculares, mas o maior benefa­cio éobservado para aqueles que são ativos nonívelmais alto.

Durante o período de acompanhamento de cinco anos, 3.617 dos participantes foram diagnosticados com doença cardiovascular (3.305 não fatais e 312 fatais). Isso incluiu 2.220 homens e 1.397 mulheres. Nos participantes, a  medida que a quantidade de atividade física moderada e vigorosa aumentava, os casos de doenças cardiovasculares diminua­am, sem limiar em que os efeitos do exerca­cio parassem de melhorar a saúde cardiovascular.

O efeito protetor da atividade física contra doenças cardiovasculares foi:

48% -57% para aqueles no primeiro trimestre de todas as atividades físicas
49% -59% para aqueles no quarto superior de atividades de intensidade moderada
54% -63% para aqueles no quarto superior de atividade de intensidade vigorosa.

O professor associado Aiden Doherty, do Departamento de Saúde da População de Nuffield da Universidade de Oxford e um dos principais autores do estudo, disse: 'Este éo maior estudo já feito de atividade física medida por dispositivo e doenças cardiovasculares. Isso mostra que a atividade física éprovavelmente ainda mais importante para a prevenção de doenças cardiovasculares do que pensa¡vamos anteriormente. Nossos resultados reforçam as novas diretrizes da OMS sobre atividade física, que recomendam pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aera³bica moderada a vigorosa por semana para todos os adultos.

O professor Terry Dwyer, do Departamento de Saúde Feminina e Reprodutiva de Nuffield da Universidade de Oxford e principal autor do estudo, disse: “Os resultados deste estudo aumentam a confianção de que a atividade física éprovavelmente uma forma importante de prevenir doenças cardiovasculares. A redução de risco potencial estimada para aqueles que praticam na­veis relativamente altos de atividade ésubstancial e justifica uma maior aªnfase em medidas para aumentar os na­veis de atividade física na comunidade. '

Os resultados do estudo foram semelhantes para homens e mulheres, embora os benefa­cios dos exerca­cios vigorosos parecessem ser particularmente fortes para as mulheres. Embora aqueles que se exercitavam mais também tivessem maior probabilidade de não fumar, de ter um IMC sauda¡vel e uma ingestãomoderada de a¡lcool, os pesquisadores ajustaram esses fatores e descobriram que a associação entre o aumento dos exerca­cios e a diminuição das doenças cardiovasculares ainda era forte. Esses resultados demonstram, portanto, que o exerca­cio por si são tem um efeito significativo no risco de doenças cardiovasculares.

O estudo foi baseado em 90.211 participantes sauda¡veis ​​no Biobank do Reino Unido, de toda a Inglaterra, Paa­s de Gales e Esca³cia. Eles receberam acelera´metros usados ​​no pulso para registrar sua atividade durante um período de sete dias em 2013-2015. Os participantes foram acompanhados por mais de cinco anos após o período de sete dias em que usaram os acelera´metros. Os pesquisadores registraram o número de primeiras internações hospitalares ou mortes causadas por doenças cardiovasculares. Estes foram obtidos a partir das estata­sticas de episãodios de hospitais nacionais e do a­ndice nacional de mortes.

 

.
.

Leia mais a seguir