Os resultados explicam o maior risco de ataque cardaaco em pessoas com diabetes, mesmo após o tratamento.
Foto | Bandeja de refrigerantes
Altos naveis de glicose no sangue "reprogramam" as células-tronco, levando a um aumento duradouro do risco de desenvolver aterosclerose perigosa, de acordo com uma pesquisa financiada pela British Heart Foundation publicada hoje na Circulation.
Pesquisadores da Universidade de Oxford descobriram que a glicose alta no sangue, uma marca registrada do diabetes, altera as células-tronco da medula a³ssea que passam a se tornar gla³bulos brancos chamados macra³fagos. Como resultado, esses macra³fagos se tornam inflamata³rios e contribuem para o desenvolvimento de placas aterosclera³ticas que podem causar ataques cardaacos.
Essa descoberta explica por que as pessoas com diabetes correm maior risco de ataque cardaaco, mesmo depois que seus naveis de glicose no sangue voltam ao controle, um paradoxo que preocupa os médicos hános.
Quase cinco milhões de pessoas no Reino Unido tem diabetes1 e os adultos com a doença tem o dobro do risco de ter um ataque cardaaco.2. Essas descobertas abrem novas possibilidades para tratamentos que podem reduzir o risco de doenças cardaacas e circulata³rias em pessoas com diabetes.
A equipe investigou as diferenças nos gla³bulos brancos em pessoas com e sem diabetes tipo 2. Eles removeram os gla³bulos brancos de amostras de sangue e os cultivaram em um ambiente com naveis normais de glicose. Aquelas de pessoas com diabetes tipo 2 mostraram uma resposta inflamata³ria muito exagerada em comparação com as células de pessoas sem a doena§a.
Os pesquisadores também extraaram células-tronco da medula a³ssea de camundongos com e sem diabetes e as transplantaram em camundongos com naveis normais de glicose no sangue. A medula a³ssea retirada de camundongos diabanãticos 'lembrou-se' de sua exposição a altos naveis de glicose e, como resultado, os camundongos que receberam essa medula a³ssea desenvolveram quase o dobro da quantidade de placas aterosclera³ticas.
Quando a equipe analisou os macra³fagos de camundongos com mais detalhes, eles descobriram que aqueles que se desenvolveram a partir de células-tronco na medula a³ssea de camundongos diabanãticos foram permanentemente alterados para se tornarem mais inflamata³rios.
'Embora os tratamentos para diabetes tenham melhorado, as pessoas com diabetes ainda apresentam um risco maior de ataques cardaacos. Esta pesquisa pode fornecer parte da explicação de por que esse éo caso e potencialmente abrir caminho para novos tratamentos para reduzir o risco de ataque cardaaco para milhões de pessoas que vivem com diabetes. '
A equipe agora deseja explorar novos caminhos para tratamentos com base nessa descoberta. Eles também desejam descobrir se curtos períodos de aumento da glicose no sangue em pessoas sem diabetes tem esse efeito prejudicial.
O professor Robin Choudhury, professor de Medicina Cardiovascular do Departamento de Medicina Radcliffe da Universidade de Oxford, liderou a pesquisa. Ele disse:
“Nosso estudo éo primeiro a mostrar que o diabetes causa alterações de longo prazo no sistema imunológico e como isso pode ser responsável pelo aumento sustentado do risco de ataque cardaaco.
'Precisamos mudar a maneira como pensamos e tratamos o diabetes. Ao nos concentrarmos muito no controle dos naveis de açúcar no sangue de uma pessoa, estamos tratando apenas de parte do problema.
'No momento, as pessoas com diabetes não estãorecebendo um tratamento eficaz para aumentar o risco de doenças cardaacas e circulata³rias. Essas descobertas identificam novas oportunidades para prevenir e tratar as complicações do diabetes. '
O Professor Sir Nilesh Samani, Diretor Manãdico da British Heart Foundation, que financiou a pesquisa, disse:
'Embora os tratamentos para diabetes tenham melhorado, as pessoas com diabetes ainda apresentam um risco maior de ataques cardaacos. Esta pesquisa pode fornecer parte da explicação de por que esse éo caso e potencialmente abrir caminho para novos tratamentos para reduzir o risco de ataque cardaaco para milhões de pessoas que vivem com diabetes. '
Esta pesquisa também foi financiada pelo Tripartite Immunometabolism Consortium (TrIC) - Fundação Novo Nordisk.