Saúde

Quanto mais idoso e mais baixa a escolaridade, maior o risco de demaªncia, mostra estudo
O estudo, realizado no munica­pio de Tremembanã, aponta que entre os cuidados preventivos estãoo incentivo a  escolaridade, a boa alimentaa§a£o, a pra¡tica de atividades físicas e os esta­mulos cognitivos
Por USP - 28/08/2021


Muitos familiares demoram para procurar ajuda médica porque acham que a falha de memória énormal entre os idosos osFoto Pixabay

Um estudo realizado no munica­pio de Tremembanã, em Sa£o Paulo, registrou alta taxa de demaªncia na população idosa. Essa éuma das poucas pesquisas sobre a doença na Amanãrica Latina e também indica que envelhecimento e escolaridade são fatores de risco.

A pesquisadora e neurologista Karolina Canãsar-Freitas, membro do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento do Hospital das Cla­nicas da Faculdade de Medicina (FM) da USP, conta que o estudo segue uma linha de pesquisa iniciada em 2012. Um acompanhamento de cerca de cinco anos foi feito com idosos que inicialmente não tinham demaªncia para, em seguida, analisar a parcela dessa população que desenvolveu o quadro.

“O principal fator de risco foi o pra³prio envelhecimento e a escolaridade”, afirma Karolina. “Quanto mais idoso e mais baixa a escolaridade, maior o risco de demaªncia.” Pessoas que já possua­am algum tipo de comprometimento cognitivo também tiveram mais chances de desenvolver demaªncia.

A pesquisadora explica que demaªncia éum termo utilizado para diversas condições, como o Alzheimer. Entre os sintomas, estãoo prejua­zo de memória recente, desorientação temporal e dificuldade de linguagem. “Muitos familiares demoram para procurar ajuda médica porque acham que a falha de memória énormal nessa faixa eta¡ria”, afirma.

O estudo também ressalta fatores preventivos que se aplicam a todas as faixas eta¡rias, como o esta­mulo a  escolaridade e a  atividade física, o controle de hipertensão e diabete, evitar abuso de a¡lcool, boa alimentação e esta­mulos cognitivos. “Sa£omudanças de comportamento, atitude e esta­mulos que fazem a gente ter uma vida mais sauda¡vel e envelhecer com o cérebro mais sauda¡vel possí­vel”, ressalta Karolina.

 

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