Saúde

O horma´nio recanãm-identificado pode ser um impulsionador crítico do diabetes tipo 1 e tipo 2
Os pesquisadores descobriram que o bloqueio da atividade do fabkin evitou o desenvolvimento de ambas as formas de diabetes nos animais.
Por Escola de Saúde Pública Harvard TH Chan - 08/12/2021


Crédito: Unsplash 

Um horma´nio recanãm-descoberto chamado fabkin ajuda a regular o metabolismo e pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento de diabetes tipo 1 e tipo 2, de acordo com pesquisa liderada pelo Centro Sabri aœlker para Pesquisa Metaba³lica da Escola de Saúde Paºblica Harvard TH Chan.  

O estudo mostrou que os na­veis sangua­neos de fabkin eram anormalmente altos em ratos e pacientes humanos com diabetes tipo 1 ou tipo 2. Os pesquisadores descobriram que o bloqueio da atividade do fabkin evitou o desenvolvimento de ambas as formas de diabetes nos animais. O Fabkin provavelmente desempenha um papel semelhante em humanos e o complexo hormonal pode ser um alvo terapaªutico promissor, de acordo com os pesquisadores. 

"Por muitas décadas, temos procurado o sinal que comunica o estado das reservas de energia nos adipa³citos para gerar respostas enda³crinas adequadas, como a produção de insulina a partir de células beta pancrea¡ticas ", disse o autor saªnior Ga¶khan S. Hotamisligil, diretor do Sabri aœlker Center. "Agora identificamos o fabkin como um novo horma´nio que controla essa função cra­tica por meio de um mecanismo molecular muito incomum." 

Os resultados sera£o publicados online na Nature em 8 de dezembro de 2021.  

Muitos horma´nios estãoenvolvidos na regulação do metabolismo, como a insulina e a leptina. O Fabkin édiferente dos horma´nios tradicionais porque não éuma única molanãcula com um aºnico receptor definido. Em vez disso, o fabkin écomposto por um complexo de protea­na funcional que consiste em várias protea­nas, incluindo a protea­na de ligação de a¡cido graxo 4 (FABP4), adenosina quinase (ADK) e nucleosa­deo difosfato quinase (NDPK). Por meio de uma sanãrie de experimentos, os pesquisadores determinaram que o fabkin regula os sinais de energia fora das células. Esses sinais, então, atuam por meio de uma familia de receptores para controlar a função das células-alvo. No caso do diabetes, o fabkin controla a função das células beta do pa¢ncreas, responsa¡veis ​​pela produção de insulina. 

Mais de uma década atrás, Hotamisligil e colegas descobriram que uma protea­na conhecida como FABP4 ésecretada pelas células de gordura durante a lipa³lise, o processo no qual os lipa­dios armazenados nas células de gordura são quebrados, normalmente em resposta a  fome. Numerosos estudos tem mostrado correlações entre FABP4 circulante e doenças metaba³licas, incluindo obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e ca¢ncer. No entanto, o mecanismo de ação era desconhecido. 

No novo estudo, os pesquisadores mostraram que quando o FABP4 ésecretado pelas células de gordura e entra na corrente sanguínea, ele se liga a s enzimas NDPK e ADK para formar o complexo proteico agora identificado como fabkin. Nesse complexo proteico, o FABP4 modifica a atividade de NDPK e ADK para regular os na­veis de moléculas conhecidas como ATP e ADP, que são as unidades essenciais de energia em biologia. Os pesquisadores descobriram que os receptores desuperfÍcie nas células próximas detectam a mudança na proporção de ATP para ADP, fazendo com que as células respondam a smudanças no estado de energia. Como tal, o fabkin écapaz de regular a função dessas células-alvo.  

Os autores mostraram que as células beta produtoras de insulina do pa¢ncreas são um alvo do fabkin e que o horma´nio éuma força motriz por trás do desenvolvimento do diabetes. Quando os pesquisadores usaram um anticorpo para neutralizar fabkin em camundongos, os animais não desenvolveram diabetes. Quando o anticorpo foi administrado a ratos obesos e diabanãticos, eles voltaram ao estado sauda¡vel. 

"A descoberta do fabkin exigiu que recua¡ssemos e reconsidera¡ssemos nossa compreensão fundamental de como os horma´nios funcionam." disse a autora principal Kacey Prentice, pesquisadora associada do Centro Sabri aœlker e do Departamento de Metabolismo Molecular. "Estou extremamente animado para encontrar um novo horma´nio, mas ainda mais para ver as implicações de longo prazo dessa descoberta."

 

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