Saúde

Vacinas que induzem na­veis mais baixos de anticorpos neutralizantes contra a variante do coronava­rus Omicron
Pesquisadores da Universidade de Oxford analisaram o impacto da variante do Omicron COVID-19 em uma das respostas imunola³gicas geradas pela vacinação.
Por Oxford - 19/12/2021


Foto | Tanãcnico que coloca tubos de sangue na centra­fuga de laborata³

Os pesquisadores usaram amostras de sangue coletadas de participantes do estudo Com-COV2 que receberam duas doses de esquemas de vacinação COVID-19 padrãopara realizar ensaios de neutralização usando isolado de va­rus Omicron

Queda substancial nos ta­tulos de neutralização sugere que, embora não haja evidência de aumento do potencial para causar doença grave ou morte, o aumento de infecções em indivíduos previamente infectados ou vacinados pode ser prova¡vel

O aumento da absorção da vacina entre os não vacinados e o incentivo a terceiras doses continuam a ser prioridades para reduzir os na­veis de transmissão e o potencial para doenças graves
Pesquisadores da Universidade de Oxford analisaram o impacto da variante do Omicron COVID-19 em uma das respostas imunola³gicas geradas pela vacinação.

Usando amostras de sangue de indivíduos que haviam recebido anteriormente duas doses das vacinas Oxford-AstraZeneca ou Pfizer-BioNTech como parte do estudo Com-COV e um isolado de va­rus vivo, eles demonstraram uma diminuição substancial nos ta­tulos de neutralização - uma medida donívelde anticorpos neutralizantes gerados em respostas a  vacinação contra, ou infecção de, COVID-19.

Os resultados, publicados no servidor de pré-impressão MedRxiv , indicam que a variante Omicron tem o potencial de levar a uma nova onda de infecções, inclusive entre as já vacinadas, embora os pesquisadores ressaltem que atualmente não háevidência de aumento do potencial de causar infecções graves doena§as, hospitalizações ou mortes em populações vacinadas.

Esses resultados se alinham com dados publicados recentemente pela Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido , mostrando eficácia reduzida de duas doses dessas vacinas contra doenças sintoma¡ticas devido a  variante Omicron em comparação com Delta. a‰ importante ressaltar que essa eficácia foi melhorada por uma terceira dose da vacina.

O professor Gavin Screaton, chefe da Divisão de Ciências Manãdicas da Universidade e principal autor do artigo, disse:

“Esses dados ajudara£o aqueles que estãodesenvolvendo vacinas e estratanãgias de vacinação a determinar as rotas para melhor proteger suas populações e transmitir a mensagem de que aqueles que recebem a vacinação de reforço devem toma¡-la.

'Embora não haja evidaªncias de aumento do risco de doença grave ou morte do va­rus entre as populações vacinadas, devemos permanecer cautelosos, pois o maior número de casos ainda representara¡ um fardo considera¡vel para os sistemas de saúde.'

O Professor Matthew Snape, professor de Pediatria e Vacinologia da Universidade de Oxford e coautor, disse:

'Sempre foi um objetivo dos estudos Com-COV ser capaz de ter amostras prontas, se necessa¡rio, para testar vários esquemas de vacinação contra novas variantes do coronava­rus a  medida que surgiam, e ficamos muito felizes em ajudar nossos colegas neste importante estudo para aprimorar nosso conhecimento de como o va­rus estãomudando.

'Esses dados são importantes, mas são apenas uma parte da imagem. Eles são examinam os anticorpos neutralizantes após a segunda dose, mas não nos falam sobre a imunidade celular, e isso também serátestado em amostras armazenadas assim que os testes estiverem dispona­veis.

'a‰ importante ressaltar que ainda não avaliamos o impacto de uma “terceira dose” de reforço, que sabemos que aumenta significativamente as concentrações de anticorpos, e éprova¡vel que isso leve a uma maior potaªncia contra a variante Omicron.'

A professora Teresa Lambe, professora de vacinologia da Universidade de Oxford e autora do artigo, disse:

'A vacinação induz muitos braa§os do nosso sistema imunológico, incluindo anticorpos neutralizantes e células T. Os dados de eficácia do mundo real nos mostraram que as vacinas continuam a proteger contra doenças graves com variantes anteriores preocupantes. A melhor maneira de nos proteger no futuro nesta pandemia écolocar vacinas nas armas. '

 

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