Saúde

Ganhos de aprendizado enquanto dormimos se originam do pra³prio processo de aprendizado e não apenas do uso do cérebro
Os dois grupos dormiram e seus desempenhos no exerca­cio visual foram medidos ao acordar. Os resultados forneceram um forte suporte para o modelo dependente da aprendizagem. Em primeiro lugar, os resultados comportamentais
Por RIKEN - 01/04/2022


Pixabay

A consolidação do aprendizado que ocorre durante o sono éresultado do processo de aprendizado e não apenas porque certas regiaµes do cérebro são muito usadas durante o aprendizado, mostraram um pesquisador do RIKEN e seu colaborador. Esta descoberta foi publicada no The Journal of Neuroscience e resolve um debate de longa data entre os pesquisadores do sono.

No Japa£o, muitos estudantes ficam acordados atémuito tarde para se preparar para os exames, mas essa éuma estratanãgia autodestrutiva, de acordo com Masako Tamaki, do RIKEN Center for Brain Science. “Quando vocêquer aprender alguma coisa, vocêdeve ir para a cama em um hora¡rio regular”, ela recomenda. "Os alunos estudam muito tarde, mas muito desse conhecimento seráperdido se não dormirem o suficiente."

Isso porque novos conhecimentos e habilidades que adquirimos enquanto estamos acordados são consolidados por meio do processamento neural que ocorre quando dormimos.

Mas tem havido muito debate sobre como essa consolidação ocorre. a‰ simplesmente porque os neura´nios que são muito usados ​​durante o aprendizado são regulados negativamente para renormalização durante o sono? Ou hálgo inerente ao processo de aprendizagem que faz com que essa consolidação ocorra?

Agora, uma forte evidência para o modelo dependente de aprendizado para consolidação durante o sono foi encontrada por Yuka Sasaki na Brown University nos Estados Unidos e Tamaki, que se interessou pela pesquisa do sono após um episãodio de paralisia do sono durante o qual ela pensou que estava sendo estrangulado por um estranho.

Dois grupos de jovens voluntários foram submetidos a duas sessaµes de treinamento com um exerca­cio visual. Para o primeiro grupo, as duas sessaµes de treino foram idaªnticas e melhoraram no exerca­cio. Em contraste, a segunda sessão de treinamento para o segundo grupo foi projetada para anular o aprendizado obtido na primeira sessão e, consequentemente, eles mostraram muito pouca melhora geral.

Os dois grupos dormiram e seus desempenhos no exerca­cio visual foram medidos ao acordar. Os resultados forneceram um forte suporte para o modelo dependente da aprendizagem. Em primeiro lugar, os resultados comportamentais indicaram que o primeiro grupo apresentou melhorias substanciais após o sono, enquanto o segundo grupo mostrou quase nenhuma, apesar de ter sido treinado pelo mesmo período de tempo. Em segundo lugar, o monitoramento de sinais cerebrais durante o sono revelou que dois tipos de atividades consistentes com esse modelo estavam envolvidos no processamento, a saber, atividade teta durante o sono de movimento rápido dos olhos (REM) e atividade sigma durante o sono não REM. No entanto, o estudo não encontrou envolvimento da atividade de ondas lentas durante o sono não REM, o que demonstrou estar associado a processos dependentes do uso.

Esses resultados confirmaram as suspeitas da dupla: o aprendizado, e não apenas o uso do cérebro, éfundamental para a consolidação durante o sono. "Estudos anteriores que fizemos foram mais consistentes com o modelo dependente de aprendizado", observa Tamaki.

 

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