Para fazer sua descoberta, o Dr. Chen e sua equipe examinaram 40 modelos diferentes de câncer de pra³stata derivados de pacientes obtidos de pessoas com câncer tratadas no MSK e Weill Cornell.
Canãlulas de câncer de pra³stata. Crédito: Galeria de imagens do NIH
Um subtipo anteriormente desconhecido de câncer de pra³stata resistente a horma´nios éresponsável por cerca de 30% de todos os casos, de acordo com um novo estudo de uma equipe de cientistas do Memorial Sloan Kettering Cancer Center (MSK) e da Weill Cornell Medicine, publicado nesta sexta-feira (27), em a revista Ciência . Os resultados podem abrir caminho para terapias direcionadas para pessoas com esse subtipo de câncer de pra³stata.
Antes deste trabalho recente, liderado pelo médico-cientista do MSK e membro do Programa de Oncologia Humana e Patogaªnese, Yu Chen, apenas dois subtipos de câncer de pra³stata haviam sido descritos: dependente de andra³geno e neuroenda³crino. A equipe do Dr. Chen chama o recanãm-caracterizado terceiro tipo de canãlula-tronco (SCL), porque alguns dos genes que são ativados nas células são uma reminiscaªncia daqueles nas células-tronco.
Para fazer sua descoberta, o Dr. Chen e sua equipe examinaram 40 modelos diferentes de câncer de pra³stata derivados de pacientes obtidos de pessoas com câncer tratadas no MSK e Weill Cornell.
"Nãosabaamos se iraamos encontrar subtipos adicionais", diz o Dr. Chen. "Este éum campo que tem sido estudado por muitos anos, por muitos pesquisadores. Por isso, ficamos felizes e surpresos ao descobrir que existe um grupo bastante grande de pacientes com tumores que não foram caracterizados."
Tecnologias inovadoras permitem novos insights
Uma razãopela qual o subtipo pode ter aludido aos pesquisadores éque não hábons modelos de laboratório suficientes para estudar esse tipo de ca¢ncer.
"O câncer de pra³stata éexcepcionalmente difacil de propagar no laboratório", explica o Dr. Chen. "Enquanto existem centenas de linhagens celulares de melanoma e câncer de pulma£o , hápenas três ou quatro linhas celulares de câncer de pra³stata que são aºteis."
Para contornar esse problema, a equipe recorreu a uma nova tecnologia chamada organoides. As estruturas semelhantes a órgãos são cultivadas em laboratório a partir de pedaço s do tumor de um paciente. Eles são uma espanãcie de "avatar" do tumor do paciente e podem ser usados ​​para estudar sua genanãtica e bioquímica.
Além disso, a equipe fez uso de xenoenxertos derivados de pacientes ostumores removidos de um paciente e cultivados em um camundongo ospara um total de 40 modelos diferentes de câncer de pra³stata derivados de pacientes.
Com esses organoides derivados de pacientes em ma£os, eles poderiam determinar quais genes são ativados ou desativados nas células. Esta informação foi usada pelos cientistas para determinar que existe um novo subtipo de câncer de pra³stata.
Em seguida, eles observaram se o subtipo SCL era aparente em um biobanco de 366 tumores de câncer de pra³stata. Era. De fato, foi o segundo grupo mais prevalente, depois do tiposensívelao andra³geno.
Conhecer os drivers moleculares desse subtipo comum de câncer de pra³stata abre a porta para abordagens que podem direcionar esses drivers com medicamentos.
Novas possibilidades de tratamento
"Nos últimos 80 anos, a espinha dorsal do tratamento do câncer de pra³stata tem sido a terapia de privação hormonal", explica o Dr. Chen. "Isso porque essencialmente todos os ca¢nceres de pra³stata quando são diagnosticados pela primeira vez dependem da sinalização da testosterona".
"Uma vez que os pacientes se tornam resistentes a privação de antagenos", continua ele, "se torna uma doença universalmente letal".
a‰ aqui que as novas descobertas podem ajudar a melhorar as opções de tratamento. Os cientistas descobriram que existem drogas experimentais atualmente sendo testadas em humanos que podem bloquear o crescimento do subtipo SCL em modelos de laboratório e animais. Atualmente, eles estãotrabalhando com várias empresas para estabelecer um ensaio clanico de seus medicamentos para pessoas com esse subtipo de câncer de pra³stata .