Saúde

Superbactanãria comum resistente a medicamentos desenvolve resistência rápida ao antibia³tico de 'último recurso'
Uma nova pesquisa descobriu que a bactanãria Pseudomonas desenvolve resistência muito mais rápido do que o normal a um antibia³tico comum de 'último recurso'.
Por Oxford - 12/06/2022


Pseudomonas sob um microsca³pio - Crédito: Sean Booth

Um estudo publicado hoje no Cell Reports revela como as populações de uma bactanãria chamada Pseudomonas respondem ao tratamento com Colistin, um antibia³tico de 'último recurso' para pacientes que desenvolveram infecções multirresistentes.

Os antibia³ticos desempenham um papel fundamental na saúde humana, ajudando a combater a infecção bacteriana, mas as bactanãrias podem desenvolver resistência aos antibia³ticos dos quais os pacientes confiam. Infecções resistentes a antibia³ticos agora causam mais de 1 milha£o de mortes em todo o mundo por ano.

Com um pequeno número de antibia³ticos de 'último recurso' dispona­veis, pesquisadores da Universidade de Oxford estãoinvestigando os processos que impulsionam o aumento e a queda da resistência em populações comuns de patógenos bacterianos, o que éfundamental para combater o aumento da resistência antimicrobiana. AMR).

O professor Craig MacLean , do Departamento de Biologia da Universidade de Oxford, disse:

"Nosso trabalho mostrou que um gene envolvido na resistência a um antibia³tico de último recurso sofre mutações a uma taxa incrivelmente alta, permitindo que as bactanãrias evoluam rapidamente para a resistência aos antibia³ticos." 

"Nossa pesquisa sugere que, para este caso em particular, as pressaµes seletivas geradas pela associação desse gene com o sistema imunológico podem ter impulsionado a evolução da taxa de mutação extra-rápida, que estãoevoluindo rapidamente para tornar as bactanãrias resistentes aos antibia³ticos."

Pseudomonas éuma bactanãria que comumente causa infecções pulmonares em pacientes hospitalares. Os pesquisadores cultivaram mais de 900 populações de Pseudomonas e as trataram com colistina. Ao contar as bactanãrias e sequenciar seu genoma, os pesquisadores puderam avaliar a rapidez com que as diferentes populações desenvolveram resistência ao antibia³tico e a  mutação genanãtica que causa a resistência.

Os resultados mostraram que as infecções por Pseudomonas evolua­ram rapidamente para resistência a esse antibia³tico de último recurso osdevido a um gene que sofre mutação a uma taxa 1.000 vezes maior do que a taxa de mutação de fundo 'normal'. Mutações nesse gene, conhecido como pmrB, permitiram que a bactanãria desenvolvesse sua resistência a  colistina.

Os pesquisadores sugerem que a razãopara essa taxa de mutação rápida pode ser que o gene pmrB esteja associado ao sistema imunológico humano. Uma taxa de mutação rápida ajudaria a bactanãria a sobreviver adaptando-se a smudanças flutuantes no sistema imunológico.

Embora as bactanãrias tenham evolua­do sua resistência a  colistina a uma taxa muito maior do que o esperado, a pesquisa também revelou um resultado positivo. Quando o antibia³tico foi retirado, as populações de patógenos perderam rapidamente a resistência como consequaªncia da alta taxa de mutação. 

Os pesquisadores agora planejam estender seu estudo para investigar quais outros atributos de Pseudomonas podem estar envolvidos em permitir na­veis tão altos de resistência antimicrobiana.

O artigo completo, 'Localized pmrB hypermutation drives the evolution of colistin heteroresistance,' estãodispona­vel no Cell Reports .

 

.
.

Leia mais a seguir