Saúde

Estudo revela como medicamento para epilepsia e enxaqueca causa defeitos congaªnitos
um estudo publicado nesta tera§a-feira (14) na revista de acesso aberto PLOS Biology por Bill Keyes, do Instituto de Genanãtica e Biologia Molecular e Celular, na Frana§a, e colegas revela uma razãopela qual: o a¡cido valpra³ico (VPA) coloca algumas
Por Biblioteca Pública de Ciências - 14/06/2022


Traªs embriaµes de camundongos, representativos do estudo, que descrevem como a droga teratogaªnica a¡cido valpra³ico pode causar defeitos de desenvolvimento neurola³gico em camundongos, incluindo microcefalia e exencefalia. O embria£o a  esquerda éum embria£o normal, sem exposição ao a¡cido valpra³ico. O embria£o do meio émenor e tem microcefalia, enquanto o embria£o da direita apresenta exencefalia. O embria£o do meio e o da direita foram expostos ao a¡cido valpra³ico. Crédito: Muriel Rhinn (CC-BY 4.0, creativecommons.org/licenses/by/4.0/)

O a¡cido valpra³ico osum medicamento usado para tratar epilepsia, enxaqueca e transtorno bipolar ospode causar defeitos congaªnitos quando tomado durante a gravidez. Agora, um estudo publicado nesta tera§a-feira (14) na revista de acesso aberto PLOS Biology por Bill Keyes, do Instituto de Genanãtica e Biologia Molecular e Celular, na Frana§a, e colegas revela uma razãopela qual: o a¡cido valpra³ico (VPA) coloca algumas células do sistema nervoso em desenvolvimento em senescaªncia, uma espanãcie de estado de parada que os impede de crescer e se dividir corretamente.

VPA éamplamente utilizado para tratar uma sanãrie de doena§as. No entanto, desde o seu uso inicial, houve muitos milhares de casos de mulheres que tomaram VPA durante a gravidez e, posteriormente, deram a  luz criana§as com defeitos congaªnitos , incluindo espinha ba­fida, alterações faciais e malformação carda­aca. Além disso, cerca de um tera§o dos bebaªs expostos desenvolvem comprometimento cognitivo e Transtorno do Espectro Autista.

No novo estudo, Keyes e seus colegas usaram tanto organoides humanos osagrupamentos tridimensionais de células humanas cultivadas em laboratório osquanto camundongos para estudar a exposição embriona¡ria ao VPA. Eles descobriram que o VPA induz a senescaªncia celular em células neuroepiteliais, as células-tronco que da£o origem ao sistema nervoso central. Além disso, os pesquisadores identificaram uma molanãcula em particular, p19 Arf , como responsável por essa senescaªncia induzida por VPA. Quando a equipe usou camundongos sem p19 Arf , a exposição ao VPA durante a gravidez não causou mais microcefalia (tamanho pequeno da cabea§a) ou alterações nos padraµes de expressão gaªnica associados ao Transtorno do Espectro do Autismo, embora o VPA tenha levado a outros defeitos mesmo nesses camundongos.

O trabalho éum dos primeiros a associar a senescaªncia celular com defeitos de desenvolvimento, dizem os autores. “No geral, a descoberta de que a ativação ata­pica da senescaªncia no embria£o pode perturbar o desenvolvimento levanta a intrigante possibilidade de que também possa contribuir para defeitos em contextos de desenvolvimento além daqueles que estudamos aqui”.

Muriel Rhinn , primeira autora do estudo, acrescenta: "Embora a senescaªncia celular tenha sido associada ao envelhecimento e a doenças relacionadas a  idade, agora mostramos que a indução aberrante da senescaªncia também pode contribuir para defeitos de desenvolvimento. defeitos e Transtorno do Espectro do Autismo, este estudo agora apresenta uma ligação emocionante com a senescaªncia, apoiando como estudos adicionais são necessa¡rios."

 

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