Com raazes profundas no MIT, a mudança inicial: WATER Labs criou um banheiro que trata os resíduos sem águaou energia.
A mudança inicial: WATER Labs, cofundada por Diana Yousef, aproveitou vários recursos do MIT para desenvolver um banheiro auta´nomo sem águaque pode melhorar o saneamento em comunidades de poucos recursos. Créditos: Imagem: M. Scott Brauer
No ano passado, mulheres que visitavam uma clanica neonatal em um hospital em Kiboga, Uganda, começam a usar dois banheiros independentes e sem águaque ofereciam uma alternativa mais limpa e privada a s latrinas padrãona regia£o.
A implantação foi o culminar de anos de trabalho pela mudança inicial: WATER Labs, cofundada por dois cientistas pesquisadores do MIT - e seu sucesso mostrou o potencial da empresa para melhorar vidas muito além de Uganda.
Metade da população mundial não tem acesso a banheiros que gerenciem de forma segura os dejetos humanos, com mulheres e criana§as arcando com o maior impacto. Uma criana§a morre a cada 15 segundos de doenças relacionadas a a¡gua, como diarreia e ca³lera. Mulheres e meninas sem banheiro privativo perto de casa são suscetíveis a altos andices de violência sexual. Globalmente, 45% das escolas não tem banheiros adequados, um dos motivos pelos quais 20% das meninas abandonam a escola quando comea§am a menstruar.
A pequena, mas determinada equipe por trás da mudança: a WATER Labs acredita que a solução para esses problemas éum vaso sanita¡rio barato e sem descarga que pode ser colocado em qualquer local e funcionar sem energia externa. O banheiro, que a empresa chama de iThrone, usa um material patenteado para evaporar o conteaºdo de águados dejetos humanos, reduzindo os resíduos em 95%, evitando o descarte de resíduos e simplificando a coleta.
O material respira¡vel aproveita a tendaªncia natural das moléculas de águade se moverem de áreas de alta umidade para áreas de baixa umidade. A CEO e cofundadora Diana Yousef, que também éafiliada de pesquisa do MIT, diz que o iThrone permite a coleta de lixo uma ou duas vezes por maªs em vez de todos os dias, transformando a economia do saneamento distribuado em comunidades de poucos recursos.
“Essencialmente, estamos transformando dejetos humanos em águamolecular limpa, e o que sobra écoletado com muito menos frequência e a um custo muito menorâ€, ​​diz Yousef. “A solução ajuda os clientes que gerenciam o saneamento a serem muito mais escala¡veis, muito mais sustenta¡veis ​​e muito mais lucrativos.â€
Mudança de hoje: WATER Labs tem resultados de testes iniciais promissores para acompanhar o apoio de uma sanãrie de empresas, ONGs e governos. Mas, quando a empresa era nada mais do que uma ideia, o MIT desempenhou um papel fundamental em tornar o conceito de iThrone uma realidade.
Uma parceria única
A semente da mudança: o WATER Labs foi plantado para Yousef enquanto trabalhava em uma iniciativa de tratamento de águacom a NASA em 2009. Embora o projeto explorasse maneiras de reciclar a águapara a agricultura espacial, Yousef se perguntou se alguma das abordagens poderia ser usada para melhorar a sustentabilidade da águaem o mundo em desenvolvimento.
Cinco anos depois, ela finalmente colocou a ideia no papel, lana§ando uma versão inicial no Praªmio de Inovação em agua do MIT e no Desafio de Inovação Social de IDEIAS do MIT. A experiência a ajudou a se conectar com outras pessoas do MIT que estavam interessadas na ideia, incluindo o cofundador Huda Elasaad, um afiliado de pesquisa do D-Lab do MIT. Yousef, que obteve seu diploma de graduação na Harvard University, um PhD na Cornell University e MBA e MIA na Columbia University, acabou recebendo financiamento inicial para explorar a ideia do IDEAS e do MIT PKG Center. O apoio permitiu que sua equipe obtivesse acesso a s instalações do laboratório para testes iniciais.
“[O apoio inicial do MIT] foi uma virada de jogo para nós, porque vocêcomea§a a ter daºvidas sobre se o que estãofazendo épossível, e quando alguma outra entidade como o MIT faz uma aposta em vocaª, vocêcomea§a a acreditar. vocêmesma â€, diz Yousef, que observa que não tinha recursos para desenvolver a ideia sozinha e estava trabalhando em um prota³tipo em sua cozinha.
O relacionamento do MIT com a empresa continuou a evoluir nos anos desde aquela aposta inicial. O Escrita³rio de Meio Ambiente, Saúde e Segurança (EHS) do MIT ajudou a startup a desenvolver seu sistema de tratamento de resíduos, e a empresa se beneficia de sua associação com o MIT D-Lab, onde colabora com alunos do MIT de diversas origens.
“Tivemos muita sorte em encontrar esse apoio e colaboradores no MITâ€, diz Yousef. “O MIT fornece um ecossistema verdadeiramente aºnico que cultiva parcerias entre inovadores dentro e ao redor do MIT para catalisar inovações que mudam o mundo. Nossa descoberta não teria sido possível sem o apoio do D-Lab, EHS, do Centro PKG e de nossos outros parceiros no MIT. â€
Em uma missão de mudança
Mudança: os banheiros do WATER Labs eram usados ​​por cerca de 400 pessoas por semana em Uganda antes do projeto ser interrompido pela Covid-19. Yousef diz que os iThrones provaram ser seguros, com odor manimo e nenhum vazamento, mostrando que eles podem ser colocados perto de áreas densamente povoadas.
“Temos potencial para colocar banheiros seguros, higiaªnicos e limpos em locais lotados e pra³ximos de onde as pessoas estão, e esse tem sido um dos desafios com outras soluções, como banheiros de compostagem e outros, que não cabem em comunidades lotadas ," ela diz.
Os banheiros também reduziram tanto o volume de resíduos dia¡rios que eles puderam operar por semanas sem passar por manutenção. No geral, Yousef diz que o feedback dos usuários foi extremamente positivo, uma vez que os iThrones forneceram uma alternativa mais segura e limpa para latrinas localizadas no topo de uma colina remota.
Embora as restrições de viagem tenham colocado outros pilotos do iThrone em espera, a mudança: WATER Labs recebeu financiamento da Fundação Bill e Melinda Gates, do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e do governo turco para instalar seus banheiros em comunidades de refugiados na Turquia ainda este ano.
Empresas privadas também manifestaram interesse, incluindo duas grandes empreiteiras de construção que procuram colocar o iThrones em casas de baixa renda na Amanãrica Central e duas empresas indianas que procuram colocar o iThrones em port-a-potties e em equipamentos de transporte e maratimos.
Yousef diz que o interesse interno éum indicativo da grande necessidade global e da demanda reprimida por melhores opções de saneamento.
“Precisamos de novas soluções que contenham e eliminem os dejetos humanos e, ao mesmo tempo, reduzam a quantidade de águaconsumida, evitando a poluiçãoâ€, diz Yousef. “Na³s resolvemos tudo isso.â€
Yousef diz que a empresa nunca teria chegado a esse ponto sem a comunidade do MIT, que ela elogia por abraçar seu esfora§o, embora não seja ex-ex-aluna.
“A disposição do MIT em abrir sua comunidade aos inovadores ao seu redor permite que coisas acontea§am que realmente não acontecem em nenhum outro lugarâ€, diz ela. “a‰ especial estar aqui e realmente ampliou o que estamos tentando fazer.â€