Estas fotos fornecidas pela NASA mostram os 'Pilares da Criação' que são desencadeados em um caleidoscópio de cores na visão de luz infravermelha (R) do Telescópio Espacial James Webb em comparação com a visão mais ampla do telescópio Hubble em 2014 na luz visível.
O Telescópio Espacial James Webb capturou os icônicos "Pilares da Criação", enormes estruturas de gás e poeira repletas de estrelas, disse a NASA na quarta-feira, e a imagem é tão majestosa quanto se poderia esperar.
O cintilar de milhares de estrelas ilumina a primeira foto do telescópio das gigantescas colunas douradas, cobre e marrons no meio do cosmos.
Nas extremidades de vários pilares há manchas vermelhas brilhantes, semelhantes a lava. “Estas são ejeções de estrelas que ainda estão se formando”, com apenas algumas centenas de milhares de anos, disse a NASA em um comunicado.
Essas "jovens estrelas disparam periodicamente jatos supersônicos que colidem com nuvens de material, como esses pilares grossos", acrescentou a agência espacial dos EUA.
Os "Pilares da Criação" estão localizados a 6.500 anos-luz da Terra, na Nebulosa da Águia da nossa Via Láctea.
Os pilares ficaram famosos pelo Telescópio Espacial Hubble, que os capturou pela primeira vez em 1995 e depois novamente em 2014.
Mas, graças às capacidades de infravermelho do Webb, o telescópio mais novo - lançado no espaço há menos de um ano - pode espiar através da opacidade dos pilares, revelando muitas novas estrelas se formando.
“Por demanda popular, tivemos que fazer os Pilares da Criação” com Webb, disse Klaus Pontoppidan, gerente do programa científico do Space Telescope Science Institute, no Twitter.
Esta foto fornecida pela NASA em 19 de outubro de 2022 mostra os 'Pilares
da Criação' que são desencadeados em um caleidoscópio de cores
na visão de luz infravermelha próxima do
Telescópio Espacial James Webb.
STScI opera Webb de Baltimore, Maryland.
"Existem tantas estrelas!" acrescentou Pontoppidan.
A astrofísica da NASA Amber Straughn resumiu: "O universo é lindo!" ela escreveu no Twitter.
A imagem, cobrindo uma área de cerca de oito anos-luz, foi tirada pelo NIRCam, principal gerador de imagens do Webb, que captura comprimentos de onda do infravermelho próximo – invisíveis ao olho humano.
As cores da imagem foram "traduzidas" em luz visível.
Segundo a NASA, a nova imagem “ajudará os pesquisadores a reformular seus modelos de formação de estrelas, identificando contagens muito mais precisas de estrelas recém-formadas, juntamente com as quantidades de gás e poeira na região”.
Operacional desde julho, o Webb é o telescópio espacial mais poderoso já construído e já liberou uma série de dados sem precedentes. Os cientistas estão esperançosos de que isso anunciará uma nova era de descobertas.
Um dos principais objetivos do telescópio de US$ 10 bilhões é estudar o ciclo de vida das estrelas. Outro foco principal de pesquisa é em exoplanetas, planetas fora do sistema solar da Terra.