Tecnologia Científica

Yale encontra uma data de nascimento (muito) anterior para placas tecta´nicas
A constante rede subterra¢nea de placas tecta´nicas da Terra estava firmemente instalada hámais de 4 bilhaµes de anos atrás - pelo menos um bilha£o de anos antes do que os cientistas geralmente pensavam.
Por Jim Shelton - 28/05/2020


A impressão deste artista mostra uma vista dasuperfÍcie do planeta Proxima orbitando a estrela anãvermelha Proxima Centauri, a estrela mais próxima do Sistema Solar. A estrela dupla Alpha Centauri AB também aparece na imagem no canto superior direito da Proxima. Proxima b éum pouco mais massivo que a Terra e orbita na zona habita¡vel em torno de Proxima Centauri, onde a temperatura éadequada para a existaªncia de águala­quida em suasuperfÍcie. (Ilustração de ESO / M. Kornmesser)

Os geofa­sicos de Yale relataram que a constante rede subterra¢nea de placas tecta´nicas da Terra estava firmemente instalada hámais de 4 bilhaµes de anos atrás - pelo menos um bilha£o de anos antes do que os cientistas geralmente pensavam.

As placas tecta´nicas são grandes placas de rocha embutidas na crosta terrestre e no manto superior, a próxima camada abaixo. As interações dessas placas moldam todas as massas terrestres modernas e influenciam as principais caracteri­sticas da geologia planeta¡ria - desde terremotos e vulcaµes atéo surgimento de continentes.

" Entender quando a tecta´nica de placas começou na Terra hámuito tempo éum problema fundamentalmente difa­cil", disse  Jun Korenaga , professor de ciências da terra e do planeta na Faculdade de Artes e Ciências de Yale e autor saªnior do  novo estudo, publicado na Science Advances . "Amedida que voltamos mais fundo no tempo, temos menos registros geola³gicos."

" A confecção de crosta continental não éum processo de ma£o única"

Jun  Korenaga

Uma proxy promissora para determinar se as placas tecta´nicas estavam operacionais éo crescimento dos continentes, disse Korenaga. Isso ocorre porque a única maneira de construir um pedaço de terra do tamanho de um continente éque as rochas dasuperfÍcie circundante continuem afundando profundamente por um longo período - um processo chamado subducção, que são épossí­vel atravanãs de placas tecta´nicas.

No novo estudo, Meng Guo, estudante de graduação em Korenaga e Yale,   encontrou evidaªncias de crescimento continental a partir de 4,4 bilhaµes de anos atrás. Eles criaram uma simulação geoquímica do ini­cio da Terra com base no elemento arga´nio - um gás inerte que as massas terrestres emitem para a atmosfera. O arga´nio émuito pesado para escapar da gravidade da Terra, portanto permanece na atmosfera como um livro geoqua­mico.

" Devido a s caracteri­sticas peculiares do arga´nio, podemos deduzir o que aconteceu com a Terra sãolida estudando esse arga´nio atmosfanãrico", disse Korenaga. "Isso o torna um excelente contador de eventos antigos."

A maior parte do arga´nio na atmosfera da Terra é40Ar - um produto do decaimento radioativo de 40K (pota¡ssio), encontrado na crosta e manto dos continentes. Os pesquisadores disseram que seu modelo analisou o arga´nio atmosfanãrico que se acumulou gradualmente ao longo da história do planeta para determinar a idade do crescimento continental.

Parte do desafio de criar sua simulação, disseram os pesquisadores, foi incorporar os efeitos de um processo geola³gico chamado "reciclagem crustal". Isso se refere ao ciclo pelo qual a crosta continental se acumula, éerodida em sedimentos e, eventualmente, transportada para o subsolo pelos movimentos das placas tecta´nicas - atéque o ciclo se renove.

A simulação teve, portanto, que contabilizar as emissaµes de gás arga´nio que não faziam parte do crescimento continental.

" A confecção de crosta continental não éum processo de ma£o única", disse Korenaga.

Uma bolsa da National Science Foundation apoiou a pesquisa.

 

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