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Novo paradoxo qua¢ntico revela contradição entre crena§as amplamente aceitas
A teoria qua¢ntica épraticamente perfeita para prever o comportamento que observamos quando realizamos experimentos em objetos minaºsculos como a¡tomos.
Por Griffith University - 18/08/2020


Pixabay

Os fa­sicos qua¢nticos da Griffith University revelaram um novo paradoxo que diz, quando se trata de certas crena§as antigas sobre a natureza, "algo tem que ceder".

A teoria qua¢ntica épraticamente perfeita para prever o comportamento que observamos quando realizamos experimentos em objetos minaºsculos como a¡tomos. Mas a aplicação da teoria qua¢ntica em escalas muito maiores do que os a¡tomos, em particular para observadores que fazem as medições, levanta questões conceituais difa­ceis.

Em um artigo publicado na Nature Physics , uma equipe internacional liderada pela Griffith University, na Austra¡lia, transformou essas questões em um novo paradoxo.

"O paradoxo significa que se a teoria qua¢ntica funcionar para descrever observadores, os cientistas teriam que desistir de uma das três suposições acalentadas sobre o mundo", disse o professor associado Eric Cavalcanti, autor saªnior da teoria no artigo.

"A primeira suposição éque, quando uma medição éfeita, o resultado observado éum evento real e aºnico no mundo. Essa suposição exclui, por exemplo, a ideia de que o universo pode se dividir, com diferentes resultados sendo observados em diferentes universos paralelos . "

"O segundo pressuposto éque os cenários experimentais podem ser escolhidos livremente, permitindo-nos realizar testes aleata³rios. E o terceiro pressuposto éque, uma vez que tal escolha éfeita, sua influaªncia não pode se espalhar no universo mais rápido do que a luz", disse ele.

"Cada uma dessas suposições fundamentais parece inteiramente razoa¡vel e éamplamente aceita. No entanto, também éamplamente aceita que os experimentos qua¢nticos podem ser escalados para sistemas maiores, atémesmo aonívelde observadores. Mas mostramos que uma dessas crena§as amplamente aceitas deve estar errado! Abandonar qualquer um deles tem consequaªncias de longo alcance para nossa compreensão do mundo. "

"O que não percebemos atécomea§armos esta pesquisa éque eles também podem ajudar a responder a difa­ceis problemas filosãoficos - a natureza do mundo fa­sico, o mundo mental e seu relacionamento."


A equipe estabeleceu o paradoxo ao analisar um cena¡rio compartículas qua¢nticas emaranhadas bem separadas combinadas com um "observador" qua¢ntico - um sistema qua¢ntico que pode ser manipulado e medido de fora, mas que pode ele mesmo fazer medições em uma parta­cula qua¢ntica.

"Com base nas três suposições fundamentais, determinamos matematicamente os limites dos resultados experimentais possa­veis neste cena¡rio. Mas a teoria qua¢ntica, quando aplicada a observadores, prevaª resultados que violam esses limites. Na verdade, já fizemos uma prova de -princa­pio experimento usando fa³tons emaranhados (parta­culas de luz) ", disse a Dra. Nora Tischler, uma autora experimental saªnior. "E encontramos uma violação exatamente como a teoria qua¢ntica previu."

"Mas nosso 'observador' tinha um cérebro muito pequeno, por assim dizer. Ele tem apenas dois estados de memória, que são percebidos como dois caminhos diferentes para um fa³ton. a‰ por isso que o chamamos de experimento de prova de princa­pio, não de conclusão demonstração de que um dos três pressupostos fundamentais em nosso paradoxo deve estar errado ", disse ela.

"Para uma implementação mais definitiva do paradoxo , nosso experimento ona­rico éaquele em que o observador qua¢ntico éum programa de inteligaªncia artificial denívelhumano rodando em um computador qua¢ntico massivo", disse o professor Howard Wiseman, lider do projeto e diretor do Centro de Griffith para Quantum Dynamics, onde as equipes tea³ricas e experimentais estãobaseadas.

"Esse seria um teste bastante convincente para saber se a teoria qua¢ntica falha para os observadores ou se uma das três suposições fundamentais éfalsa. Mas isso provavelmente acontecera¡ a décadas."

O laboratório do Center for Quantum Dynamics no qual o experimento foi realizado também faz parte do Center for Quantum Computation and Communication Technology, um Centro de Excelaªncia do Australian Research Council.

"Ha¡ muito se reconhece que os computadores qua¢nticos ira£o revolucionar nossa capacidade de resolver problemas computacionais difa­ceis", disse o professor Wiseman.

"O que não percebemos atécomea§armos esta pesquisa éque eles também podem ajudar a responder a difa­ceis problemas filosãoficos - a natureza do mundo fa­sico, o mundo mental e seu relacionamento."

 

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