Tecnologia Científica

Um filme flexa­vel de mudança de cor inspirado na pele de camalea£o
Ao tensionar ou relaxar a pele, os camaleaµes podem mudar a forma como a luz érefletida nos cristais de guanina sob asuperfÍcie, produzindo o que éconhecido como coloraça£o estrutural.
Por American Chemical Society - 21/10/2020


Doma­nio paºblico

Os camaleaµes podem alterar suas cores para se camuflar, comunicar e regular sua temperatura. Os cientistas tentaram replicar essas propriedades de mudança de cor para tecnologias furtivas, medidas anti-falsificação e displays eletra´nicos, mas os materiais tem limitações. Agora, os pesquisadores desenvolveram um filme flexa­vel que muda de cor em resposta ao alongamento, pressão ou umidade. Eles relatam seus resultados em ACS Applied Materials & Interfaces .

Ao tensionar ou relaxar a pele, os camaleaµes podem mudar a forma como a luz érefletida nos cristais de guanina sob asuperfÍcie, produzindo o que éconhecido como coloração estrutural. Essas cores estruturais são diferentes dos pigmentos que da£o a muitas outras criaturas seus matizes. Os cientistas imitaram as nanoestruturas cristalinas da pele do camalea£o em vários materiais que mudam de cor, mas são normalmente difa­ceis de produzir ou dependem de recursos de petra³leo não renova¡veis. Em contraste, os nanocristais de celulose são um material renova¡vel que pode se automontar em um filme com cores estruturais iridescentes. No entanto, os filmes são tipicamente fra¡geis e, ao contra¡rio da pele do camalea£o, não podem ser esticados sem quebrar. Fei Song, Yu-Zhong Wang e colegas queriam desenvolver um filme altamente flexa­vel feito de nanocristais de celulose que muda de cor quando esticado.

Para aumentar a flexibilidade dos nanocristais de celulose , os pesquisadores adicionaram um pola­mero chamado PEGDA e usaram luz ultravioleta para reticula¡-lo aos nanocristais em forma de bastonete, produzindo filmes com cores brilhantes iridescentes que variam do azul ao vermelho, dependendo da quantidade de PEGDA. Os filmes eram fortes e flexa­veis, estendendo-se até39% de seu comprimento original antes de quebrar. Durante o alongamento, a cor de um filme mudou gradualmente de vermelho para verde e voltou quando relaxado. De acordo com os pesquisadores, esta éa primeira vez quemudanças de cor estruturais reversa­veis induzidas por alongamento e relaxamento que são brilhantes e visa­veis a olho nuforam realizados para materiais nanocristais de celulose. O filme também mudou de cor com a pressão e a umidade, permitindo que a equipe mostrasse ou ocultasse uma escrita feita com caneta sem tinta. A nova pele inteligente de base biológica pode encontrar aplicações em detecção de tensão, criptografia e medidas anti-falsificação, dizem os pesquisadores.

 

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