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A matéria oculta do universo foi descoberta?
As gala¡xias são distribua­das por todo o universo na forma de uma complexa rede de nosconectados por filamentos, que por sua vez são separados por vazios. Isso éconhecido como teia ca³smica .
Por CNRS - 08/11/2020


Pixabay

Os astrofisicos consideram que cerca de 40% da matéria comum que compaµe estrelas, planetas e gala¡xias permanece indetecta¡vel, oculta na forma de um gás quente na complexa teia ca³smica. Hoje, cientistas do Institut d'Astrophysique Spatiale (CNRS / UniversitéParis-Saclay) podem ter detectado, pela primeira vez, essa matéria oculta por meio de uma análise estata­stica inovadora de dados de 20 anos. Suas descobertas foram publicadas em 6 de novembro de 2020 na Astronomy & Astrophysics .

As gala¡xias são distribua­das por todo o universo na forma de uma complexa rede de nosconectados por filamentos, que por sua vez são separados por vazios. Isso éconhecido como teia ca³smica . Acredita-se que os filamentos contenham quase toda a matéria comum (chamada baria´nica) do universo na forma de um gás quente difuso. No entanto, o sinal emitido por esse gás difuso étão fraco que, na realidade, 40 a 50% dos ba¡rions passam despercebidos.

Sa£o os ba¡rions que faltam, escondidos na estrutura filamentar da teia ca³smica, que Nabila Aghanim, pesquisadora do Institut d'Astrophysique Spatiale (CNRS / UniversitéParis-Saclay) e Hideki Tanimura, pesquisadora de pa³s-doutorado, juntamente com seus colegas, estãotentando detectar. Em um novo estudo, financiado pelo projeto ERC ByoPiC, eles apresentam uma análise estata­stica que revela, pela primeira vez, a emissão de raios-X pelos ba¡rions quentes nos filamentos.

Esta detecção ébaseada no sinal de raios X empilhado, nos dados do levantamento ROSAT2, de aproximadamente 15.000 filamentos ca³smicos de grande escala identificados no levantamento de gala¡xias SDSS3. A equipe fez uso da correlação espacial entre a posição dos filamentos e a emissão de raios-X associada para fornecer evidaªncias da presença de gás quente na teia ca³smica e, pela primeira vez, medir sua temperatura.

Essas descobertas confirmam análises anteriores da mesma equipe de pesquisa, com base na detecção indireta de gás quente na teia ca³smica por meio de seu efeito no fundo de microondas ca³smico. Isso abre caminho para estudos mais detalhados , usando dados de melhor qualidade, para testar a evolução do gás na estrutura filamentar da teia ca³smica.

 

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