Tecnologia Científica

Pesquisadores descobrem o que acontece no lado brilhante da lua
No Espaço, a Lua écercada por plasma (gás ionizado), que contanãmpartículas de poeira de matéria sãolida . NasuperfÍcie lunar,partículas de poeira, impactadas por fa³tons, elanãtrons e a­ons do vento solar, recebem uma carga positiva.
Por Escola Superior de Economia da Universidade Nacional de Pesquisa - 24/02/2022


Deformação da magnetosfera do planeta pelo vento solar. Crédito: nasa.gov

Pesquisadores da HSE University desenvolveram um modelo matema¡tico que explica a levitação departículas de poeira carregadas sobre asuperfÍcie lunar iluminada pelo sol para quase qualquer latitude. Pela primeira vez, o modelo leva em consideração a cauda magnanãtica da Terra osuma área especa­fica ao redor do nosso planeta. Os dados da pesquisa são importantes para o planejamento das missaµes espaciais Luna-25 e Luna-27. O estudo foi publicado na  Physics of Plasmas .

No Espaço, a Lua écercada por plasma (gás ionizado), que contanãmpartículas de poeira de matéria sãolida . NasuperfÍcie lunar,partículas de poeira, impactadas por fa³tons, elanãtrons e a­ons do vento solar, recebem uma carga positiva. Sua interação com asuperfÍcie lunar carregada positivamente faz com que eles se recuperem, se movam e componham o plasma empoeirado.

Devido a esses fatores, os pesquisadores podem supor que os plasmas empoeirados lunares evoluem apenas acima de parte dasuperfÍcie lunar (em torno de latitudes acima de 76°). Mas espera-se que plasmas empoeirados possam ser observados acima de toda a parte iluminada pelo sol da Lua. Os autores do artigo desenvolveram um modelo fa­sico-matema¡tico do movimento do plasma de poeira no qual o impacto da cauda magnanãtica da Terra desempenha um papel importante.

A magnetosfera da Terra evolui devido a  interação que o campo magnético do planeta tem compartículas carregadas do Espaço. Impactadas pelo campo magnanãtico, por exemplo, aspartículas do vento solar desviam de sua trajeta³ria inicial e formam uma área ao redor do planeta. a‰ assimanãtrico: no lado diurno, atinge o tamanho de 8 a 14 raios terrestres e, no lado noturno, éestendido e forma uma cauda magnanãtica, com várias centenas de raios terrestres.

Durante cerca de um quarto de sua a³rbita, a Lua estãona cauda magnanãtica da Terra, o que impacta o movimento daspartículas ao longo do meridiano: impactadas pelo campo magnanãtico, elas comea§am a se mover da área polar para o equador.

Aspartículas também são impactadas por forças gravitacionais e eletrosta¡ticas. O primeiro atrai o gra£o de poeira para asuperfÍcie, enquanto o outro o repele. Isso leva a  oscilação vertical das partículas

Em seguida, aspartículas transitam para uma condição de levitação. Os pesquisadores explicam esse efeito por longos dias de sol na Lua: quase 15 dias terrestres. Durante esse período, o processo de oscilação daspartículas desaparece e elas tem tempo suficiente para se transferir para a levitação. Segundo os pesquisadores, fena´menos opostos também são observados. Por exemplo, nas luas marcianas, Fobos e Deimos, o tempo da oscilação dos gra£os de poeira desaparecendo émaior do que o dia claro, e épor isso que eles não tem tempo suficiente para se transferir para a condição de levitação.

Sergey Popel, chefe do Laborata³rio de Processos de Plasma Empoeirado em Objetos Espaciais, Instituto de Pesquisa Espacial do RAS, diz que "Luna-25 e Luna-27 estãoem preparação hoje, e eles va£o estudar as propriedades de poeira e plasmas empoeirados perto dosuperfÍcie lunar . Para torna¡-los bem sucedidos, pesquisas preliminares são essenciais. Hoje usamos uma abordagem simplificada para explicar a transição da poeira acima dasuperfÍcie lunar levando em conta os campos magnanãticos na cauda magnanãtica da Terra. Em estudos futuros, seránecessa¡rio levar em consideração adicionalmente a inclinação axial e a inclinação da a³rbita ao plano da ecla­ptica tanto para a Terra quanto para a Lua, além de considerar parametros mais precisos do plasma magnetotail."

 

.
.

Leia mais a seguir