Tecnologia Científica

NASA abre amostra tirada da Lua 50 anos depois
E o objetivo éextrair esses gases, que provavelmente estãopresentes apenas em quantidades muito pequenas, para poder analisa¡-los usando técnicas de espectrometria que se tornaram extremamente precisas nos últimos anos.
Por Phys.org - 12/03/2022


Uma amostra de rocha lunar coletada durante a missão Apollo 17 éaberta pela NASA 50 anos depois.

As missaµes Apollo a  Lua trouxeram um total de 2.196 amostras de rochas para a Terra. Mas a NASA apenas começou a abrir um dos últimos, coletados há50 anos.

Durante todo esse tempo, alguns tubos foram mantidos lacrados para que pudessem ser estudados anos depois, com a ajuda dos mais recentes avanços técnicos.

A NASA sabia que "a ciência e a tecnologia iriam evoluir e permitir que os cientistas estudassem o material de novas maneiras para abordar novas questões no futuro", disse Lori Glaze, diretora da Divisão de Ciência Planeta¡ria na sede da NASA, em comunicado.

Apelidada de 73001, a amostra em questãofoi coletada pelos astronautas Eugene Cernan e Harrison Schmitt em dezembro de 1972, durante a missão Apollo 17 osa última do programa.

O tubo, com 35 cm de comprimento e 4 cm (13,8 polegadas por 1,6 polegadas) de largura, foi martelado no solo do vale Taurus-Littrow da Lua para coletar as rochas.

Das duas únicas amostras que foram seladas a va¡cuo na Lua, esta éa primeira a ser aberta.

Pode, como tal, conter gases ou substâncias vola¡teis (a¡gua, dia³xido de carbono , etc.)

E o objetivo éextrair esses gases, que provavelmente estãopresentes apenas em quantidades muito pequenas, para poder analisa¡-los usando técnicas de espectrometria que se tornaram extremamente precisas nos últimos anos.

No ini­cio de fevereiro, o tubo protetor externo foi removido pela primeira vez.

Nãofoi revelado que continha qualquer gás lunar, indicando que a amostra que continha permanecia lacrada.

Então, em 23 de fevereiro, os cientistas iniciaram um processo de semanas com o objetivo de perfurar o tubo principal e coletar o gás contido no interior.

Na primavera, a rocha serácuidadosamente extraa­da e quebrada para que possa ser estudada por diferentes equipes cienta­ficas.

O local de extração desta amostra éparticularmente interessante porque éo local de um deslizamento de terra.

"Agora não temos chuva na Lua", disse Juliane Gross, vice-curadora da Apollo. "E por isso não entendemos bem como os deslizamentos de terra acontecem na Lua."

Gross disse que os pesquisadores esperam estudar a amostra para entender o que causa os deslizamentos de terra.

Depois de 73001, havera¡ apenas três amostras lunares ainda seladas. Quando eles, por sua vez, sera£o abertos?

"Duvido que esperemos mais 50 anos", disse o curador saªnior Ryan Zeigler.

“Particularmente quando eles receberem amostras de Artemis de volta, pode ser bom fazer uma comparação direta em tempo real entre o que quer que esteja voltando de Artemis e com um desses núcleos fechados e selados restantes”, disse ele.

Artemis éa próxima missão lunar da NASA; a agaªncia quer enviar humanos de volta a  Lua em 2025.

Grandes quantidades de gás devem então ser coletadas, e o experimento que estãosendo conduzido ajuda a se preparar melhor para isso.

 

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