Diferena§as entre os lados pra³ximo e distante da Lua ligadas ao colossal impacto antigo
A face que a Lua mostra para a Terra parece muito diferente daquela que ela esconde em seu lado mais distante. O lado pra³ximo édominado pela anãgua lunar osos vastos remanescentes de cor escura de antigos fluxos de lava.

Um novo estudo revela que uma antiga colisão no polo sul da Lua mudou os padraµes de convecção no manto lunar, concentrando um conjunto de elementos produtores de calor no lado pra³ximo. Esses elementos desempenharam um papel na criação da vasta anãgua lunar visível da Terra. Crédito: Matt Jones
A face que a Lua mostra para a Terra parece muito diferente daquela que ela esconde em seu lado mais distante. O lado pra³ximo édominado pela anãgua lunar osos vastos remanescentes de cor escura de antigos fluxos de lava. Por outro lado, o outro lado cheio de crateras évirtualmente desprovido de caracteristicas de mar em grande escala. Por que os dois lados são tão diferentes éum dos mistanãrios mais duradouros da Lua.
Agora, os pesquisadores tem uma nova explicação para a Lua de duas faces osuma que se relaciona com um impacto gigante hábilhaµes de anos perto do pa³lo sul da Lua .
Um novo estudo publicado na revista Science Advances mostra que o impacto que formou a gigante bacia do Polo Sul-Aitken (SPA) da Lua teria criado uma enorme nuvem de calor que se propagou pelo interior lunar. Essa pluma teria carregado certos materiais - um conjunto de elementos de terras raras e produtores de calor - para o lado mais pra³ximo da Lua. Essa concentração de elementos teria contribuado para o vulcanismo que criou as planacies vulcânica s próximas.
"Sabemos que grandes impactos como o que formou o SPA criariam muito calor", disse Matt Jones, Ph.D. candidato na Brown University e principal autor do estudo. "A questãoécomo esse calor afeta a dina¢mica interior da Lua. O que mostramos éque sob quaisquer condições plausaveis no momento em que o SPA se formou, ele acaba concentrando esses elementos produtores de calor no lado pra³ximo. Esperamos que isso tenha contribuado para o manto derretimento que produziu os fluxos de lava que vemos nasuperfÍcie."
O estudo foi uma colaboração entre Jones e seu orientador Alexander Evans, professor assistente da Brown, juntamente com pesquisadores da Purdue University, do Lunar and Planetary Science Laboratory no Arizona, da Stanford University e do Jet Propulsion Laboratory da NASA.Â
As diferenças entre os lados pra³ximo e distante da Lua foram reveladas pela primeira vez na década de 1960 pelas missaµes sovianãticas Luna e pelo programa Apollo dos EUA. Embora as diferenças nos depa³sitos vulca¢nicos sejam fa¡ceis de ver, futuras missaµes também revelariam diferenças na composição geoquímica. O lado mais pra³ximo abriga uma anomalia de composição conhecida como o terreno Procellarum KREEP (PKT) osuma concentração de pota¡ssio (K), elementos de terras raras (REE), fa³sforo (P), juntamente com elementos produtores de calor como o ta³rio. O KREEP parece estar concentrado dentro e ao redor do Oceanus Procellarum, a maior das planacies vulcânica s próximas, mas éesparso em outras partes da Lua. Â
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Alguns cientistas suspeitaram de uma conexão entre o PKT e os fluxos de lava pra³ximos, mas a questãode por que esse conjunto de elementos estava concentrado no lado pra³ximo permaneceu. Este novo estudo fornece uma explicação que estãoconectada a bacia do Polo Sul-Aitken, a segunda maior cratera de impacto conhecida no sistema solar.
Para o estudo, os pesquisadores realizaram simulações de computador de como o calor gerado por um impacto gigante alteraria os padraµes de convecção no interior da Lua e como isso poderia redistribuir o material KREEP no manto lunar. Acredita-se que o KREEP represente a última parte do manto a se solidificar após a formação da Lua. Como tal, provavelmente formou a camada mais externa do manto, logo abaixo da crosta lunar. Modelos do interior lunar sugerem que deveria ter sido distribuado mais ou menos uniformemente abaixo dasuperfÍcie. Mas este novo modelo mostra que a distribuição uniforme seria interrompida pela pluma de calor do impacto do SPA.Â
De acordo com o modelo, o material KREEP teria surfado a onda de calor que emana da zona de impacto do SPA como um surfista. Amedida que a pluma de calor se espalhava sob a crosta da Lua, esse material acabou sendo entregue em massa para o lado mais pra³ximo. A equipe executou simulações para vários cenários de impacto diferentes, desde um golpe direto atéum golpe de raspa£o. Enquanto cada um produziu diferentes padraµes de calor e mobilizou KREEP em graus variados, todos criaram concentrações de KREEP no lado pra³ximo, consistentes com a anomalia PKT.Â
Os pesquisadores dizem que o trabalho fornece uma explicação confia¡vel para um dos mistanãrios mais duradouros da Lua.Â
"Como o PKT se formou ésem daºvida a questãoem aberto mais significativa na ciência lunar", disse Jones. "E o impacto Polo Sul-Aitken éum dos eventos mais significativos da história lunar. Este trabalho reaºne essas duas coisas e acho que nossos resultados são realmente empolgantes."