Tecnologia Científica

Equipe de pesquisa melhora edição de genes com processo qua­mico
uma equipe de pesquisadores da Case Western Reserve University desenvolveu um manãtodo que pode tornar os manãtodos CRISPR ainda mais precisos ose mais promissores.
Por Case Western Reserve University - 16/05/2022


Protea­na Cas9 (branca) associada a CRISPR de Staphylococcus aureus com base no Protein Database ID 5AXW. Crédito: Thomas Splettstoesser (Wikipedia, CC BY-SA 4.0)

A técnica de edição de genes conhecida como CRISPR acelerou a pesquisa biológica e médica na última década, permitindo aos cientistas reparar o DNA de células humanas quase tão simplesmente quanto usar uma tesoura.

A edição de genes ose especialmente o CRISPR, porque éfa¡cil de usar osdeu aos pesquisadores esperana§a de curar doenças genanãticas, incluindo ca¢ncer.

Agora, uma equipe de pesquisadores da Case Western Reserve University desenvolveu um manãtodo que pode tornar os manãtodos CRISPR ainda mais precisos ose mais promissores.

Sua nova técnica, detalhada em um estudo publicado recentemente na revista Nature Communications , combina o CRISPR com um processo qua­mico que permite que a edição de genes seja localizada e cronometrada com mais precisão.

Essa precisão torna a tecnologia mais eficaz e reduz os efeitos colaterais potenciais, disse Fu-Sen Liang, professor associado de química, que liderou a equipe de pesquisa.

Embora as descobertas ainda sejam preliminares, os pesquisadores, que incluem vários pesquisadores e estudantes de pa³s-doutorado da Case Western Reserve, acreditam que o trabalho pode levar a um tratamento mais eficaz para algumas doena§as, incluindo ca¢ncer.

"O que estamos fazendo éexplorar outra maneira de mudar o resultado do gene, direcionando o RNA com um produto qua­mico", disse Liang. "Esta nova tecnologia nos da¡ a capacidade de direcionar não apenas o local, mas o momento da alteração - e a capacidade de impedi-la. Isso nunca foi possí­vel antes e acreditamos que pode ser muito importante."

A técnica

CRISPR éum acra´nimo para Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats. A tecnologia transformadora, lana§ada em 2012, usa uma enzima especa­fica osguiada por RNA, ou a¡cido ribonucleico ospara direcionar, cortar e reparar fitas quebradas ou danificadas de DNA com novo material. O DNA, ou a¡cido desoxirribonucleico, carrega toda a informação genanãtica em humanos e outros organismos.

Os cientistas da Case Western Reserve se concentraram na manipulação do RNA, um pola­mero com várias funções, incluindo a tradução de informações genanãticas e a regulação da atividade genanãtica. As moléculas de RNA podem ter várias modificações químicas com sequaªncias genanãticas idaªnticas, mas diferentes propriedades e funções.

Ao combinar o CRISPR com seu processo qua­mico , os cientistas ganharam o controle da localização precisa e do tempo dasmudanças no RNA.

Esse avanço parece ser crítico para entender e controlar os papanãis dessas diferentes versaµes de RNA em processos biola³gicos e doenças fundamentais, disse Liang.

Mais especificamente, Liang e sua equipe usaram a¡cido absca­sico (ABA), um horma´nio vegetal comum, e um processo chamado "proximidade induzida quimicamente". Isso lhes permitiu "escrever" ou "apagar" uma caracterí­stica estrutural chamada m6A em uma área especa­fica do RNA. Como resultado, eles poderiam efetivamente alternar entre duas versaµes de RNA.

Os cientistas acreditam que a modificação do m6A regula os processos e propriedades fundamentais do RNA, mas também estãodiretamente ligada a várias doenças humanas, disse ele.

A equipe de pesquisa também criou uma maneira de usar a luz ultravioleta para "ligar" o ABA, tornando o processo de edição ainda mais preciso, disse Liang.

"O que torna a pesquisa ainda mais empolgante éque acreditamos que ela pode ser aplicada a outras modificações de RNA, não apenas m6A", disse Liang, "e as funções da grande maioria dessas modificações são totalmente desconhecidas".

 

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